segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Tempestade


Em um momento calmo e tranquilo,
O sol brilha intensamente.
Tudo é simplesmente irradiante,
A calmaria constante.

Meu corpo descansa,
Minha mente não se cansa.
Pensamentos calmos e serenos
A plena paz eu tenho.

Mas olho para o céu
E vejo nuvens.
Sei que a paz em breve vai embora
Espero que não chegue a hora.

As nuvens se aproximam
E o sol deixa de brilhar.
Toda paz e calmaria
Em breve vão voltar.

Grande tempestade me encobre
E os pensamentos começam a me dominar,
Sentimentos começam a brotar
E a tristeza vem me acompanhar.

Momentos de preocupação,
Momentos de emoção,
Momentos de correria,
Momentos de batalha.

Mas sei que são momentâneos
E, de certo, rapidos vão passar,
Mesmo que cheguem a demorar
Sei que vão passar.

E a paz que eu tinha
Novamente vai voltar.
Mesmo na dificuldade
Sei que vai chegar.

Pois sei que a tristeza é necessária
E o trabalho também.
Ambos para que eu desenvolva
E evolua também.

Por isso olho adiante
Do alto de um mirante
Para ver lá no fundo,
Lá no profundo.

Mesmo com a neblina
Sei o que esta para chegar.
Parece que duram toda a vida,
Mas a paz vai chegar.

Mesmo que a dificuldade tente me parar
Não me dou por vencido,
Com certeza vou continuar
E continuarei a pelejar.

Sei que no fim serei vitorioso
E o final será amistoso.
Mesmo não sabendo onde vou batalhar
E nem sabendo o que esta a me esperar.

Contudo, deixo isso para outro momento
Para quando vir a precisar,
Preciso descansar,
Preciso me preparar.

Por isso olho para o céu
E estou a esperar.
Sim, este momento vai chegar,
O momento que pela tempestade vou passar.

Rascunhos da Vida


Do que seria o texto original sem o rascunho?
O rascunho é a parte mais importante de tudo
Por isso vou vender rascunhos da vida
Terei rascunhos de vários modelos.

Vou ter rascunhos de ricos e mal amados
De donzelas sem namorados
Terei rascunhos de vidas sem a menor graça
E de outras que são uma verdadeira desgraça.

Vou vendê-los a preços baratos,
Pois não quero prejudicar ninguém
Meus rascunhos serão uteis; você verá
Ajudaram as pessoas pensarem daqui a muito além.

Eu tinha meu próprio rascunho de vida,
Mas por ai ele se perdeu
Talvez alguém o tenha roubado
Ou então foi eu mesmo que o vendeu.

Você não vai pegar seu rascunho de vida?
Vamos lá, tá barato, minha querida!
Tenho de mulheres sonhadoras e de outras nem tanto,
Temos também rascunho em branco.

O Melhor Poema do Mundo



Eu queria fazer o melhor poema do mundo
Para isso preciso da melhor caneta do mundo para escrever
Preciso do melhor papel do mundo para rascunhar
E do melhor computador do mundo para digitar.

Eu queria fazer o melhor poema do mundo,
Mas não tenho a menor ideia do que escrever
Queria falar sobre o amor, mas não tenho o melhor amor do mundo
Tenho o amor igual ao de todos, pois sofro como todos.

Eu queria fazer o melhor poema do mundo,
Mas não vivo no melhor dos mundos
Melhor em que?
Em fazer piadas de fim de ano com o pavê?

Eu queria fazer o melhor poema do mundo
Mas não tenho as melhores mãos do mundo
Em mim não escorrem as melhores lagrimas
Nem saem do meu rosto as melhores risadas.

Eu queria fazer o melhor poema do mundo
E conquistar com ele a melhor garota do mundo
Andar com ela pelos melhores lugares do mundo,
Mas quais são eles?

Eu queria fazer o melhor poema do mundo,
Mas não tenho as melhores palavras
E nem sei onde publica-lo
Pois não sou o melhor poeta do mundo

E queria fazer o melhor poema do mundo
Mas a imagem também teria que ser a melhor
Colorida ou preto e branco?
Qualquer uma que desse um tom de encanto.

Mas eu que queria fazer o melhor poema do mundo
Percebo que talvez eu não tenha o melhor do mundo
Nem seja o melhor do mundo,
Mas carrego sentimentos tão grandes quanto ele.

Muros de Janelas



Meus olhos tão inquietos
Do meu controle escapam
Mandam-se para entre os prédios
E entre eles se disfarçam.

Quem dera eles possam ser algum dia
Tão livres quanto os pássaros que estão lá fora
 Aqueles que assim como meus olhos, voam pelos prédios
E vão além, muito além desses muros de concreto.

Os vidros dos edifícios formam um rosto
Tão despedaçado quanto minha mente
Não tão perfeito, não é um retrato
Mas é verdadeiro do jeito que é.

Hoje, estou aqui, sem nada nos bolsos
Sem os prédios nem os muros para olhar
Sem as aves para me guiar
Estou aqui. Só a olhar.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Tempo?



Se não houvesse a medição de tempo como seria a vida?

Como seria o dia sem as horas?

Como seriam as semanas sem os dias?

Os meses sem as semanas?

E os anos, como seriam?

Se o tempo não fosse medido, contado ou cronometrado viveríamos um dia após o outro, assim como hoje.

Mas não haveria essas coisas de ano novo, vida nova, ano melhor e ano pior.

Tudo seria linear e o que diferenciaria certo tempo do outro e a nossa evolução ao longo dele seriam nossas atitudes em relação às situações e os problemas. . .assim como hoje. 

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Se Um Dia Eu Sumir


Se um dia eu sumir, e sumirei,
Peço-lhes que não me procurem
Eu estarei por ai e estarei bem
A procura de algo, mas não sei bem o que é.

Se a saudade bater, peguem nossas fotos.
Nelas estarão nossos momentos bons
Mas não chorem, sorriam, pois ali não haverá tristeza.
Chorem de rir ao lembrar as coisas que dizíamos se puderem.

Não achem que me perdi, pelo contrario,
Estou me encontrando.
Em algum lugar eu sei que vou me achar
Assim que isso acontecer eu volto.

Não pensem também que não sinto saudades de vocês.
Sinto de tudo. Sinto de todos.
Se não mandar noticias talvez seja porque não posso
Ou porque acho que estaremos melhor assim.

Vou velejar os mares mais profundos do me coração
Desbravar as cavernas que mora a solidão
Esvaziar a mente de tudo que já não serve mais
Ou que apenas me atrapalha de ser um simples rapaz.

Se me têm como amigo e sentem minha falta
Olhem para o horizonte e eu estarei lá
Em algum lugar você me verá voltar
Porque um dia eu me acho e volto comigo.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O Amanhã

O amanhã parece previsível
Ou eu que me tornei insensível.
Vejo os acontecimentos detalhadamente
Coisas previstas em minha mente.

Como se eu soubesse o que vai acontecer.
Coisas tão normais, como posso esquecer?
Algo tão previsível o meu amanhã
Tão previsível como acordar de manhã.

Talvez eu tenha criado uma insensibilidade,
Já que vem acompanhado da responsabilidade.
Por isso acredito que conheço o amanhã
E entendo que todas as coisas estão sãs.

Mas posso errar em minha previsão
E apresentar algo novo em meu coração.
Algo que me surpreenda e não esqueça,
Algo que entre na minha memória e se estabeleça.

Algo que me surpreenda e mude meu dia,
Algo novo fazendo com que eu ria.
Isso porque não espero que aconteça,
Esse é o bom gosto da boa surpresa.

Por isso o amanhã eu não posso ver
E, espero, que eu possa mais do que viver.
Simplesmente aproveitar um novo dia
Algo que talvez eu jamais esqueceria.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A joaninha

Uma joaninha no quarto entrou,
Formosa ela logo se mostrou.
Mas por que ela tinha que entrar?
Bem na hora que estou a jogar?

Com tantos lugar para voar,
Em minha cara ela quis ficar.
Voava bem na minha frente.
Já tinha matado, na minha mente.

Enfim ela parou de voar,
Acho que ela quis sossegar.
Pensei em uma forma de capturar
Para enfim dela me livrar.

Logo a peguei,
Abri a janela e joguei.
Percebi que ela não voou
E acho que no chão ela esborrachou.

Fiquei a pensar
Por que raios ela não quis voar?
Tanto que me atrapalhou
E ajudá-la não salvou.

Com tanto espaço no mundo para voar
Na minha frente ela quis ficar.
Só porque meu jogo não dá para pausar
Ou era só para me irritar?

Enfim dela eu me livrei
Acho que nunca mais a verei
Já que ela se foi
Morrendo ou voando para o céu ela foi.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Fragmentos


Segurei o vento com minha mão
Mas ele não ficou parado
Perdeu-se no meio da multidão
Deixando o meu olhar desolado.

Lá no morro dos milagres
Ninguém morre de doença
Dona Rita Dos Vinagres
Anda com um pano branco na cabeça.

Na rua onde moro
Os vizinhos não sabem de nada
Quando os ‘homi’ vão embora
Os excluídos dão risada.

Meu amigo tem uma casa
Ela tem varias luzes de natal
Na minha, o velhinho não passa
Acho que sou um menino mau.

O coração parado na esquina vê o carro passar
- Por que está ai parado, Coração?
Branco, preto, amarelo, azul. . .um carro vai parar.
- E o Coração responde: - Tive que me virar.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Chuva de Verão

Tão rápida,
Tão passageira.
Assim como minhas emoções
Em diversas situações.

Vem depressa
E assim se vai.
Mal posso vê-la,
As vezes mal posso senti-la.

Assim é a chuva de verão
Em situações para refrescar,
Em outras só para esquentar,
E muitas vezes só para molhar.

Seu cheiro a revela,
Seu barulho entrega,
Sua presença agrada
Seu sentir refresca.

Espero que não se vá
Tão rápido e escondido.
Espero que fique,
Fique aqui comigo.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Cemitério das Palavras


Hoje, perdi-me nas palavras que não escrevi ontem. Aquelas que brotaram na minha mente enquanto pensava na roda gigante da vida: ora lá em cima, ora aqui em baixo. Aquelas que me fugiram da cabeça quando comecei a pensar no mundo da matéria; no mundo dos concretos e da realidade.

Hoje, não tenho mais as mesmas palavras que tinha ontem. São outras. E essas outras não expressam minha dor, apenas a atenuam; mas quem disse que quero atenua-la? Quero bota-la para fora como se fosse o suor do meu rosto que escorre polegar por polegar até repousar no chão. Para assim, poder voltar ao mundo do subjetivo, lugar perfeito para ficar.

Mas, hoje, as palavras das quais preciso estão mortas. No cemitério das palavras, mais conhecido como minha mente e sepultadas a sete palmos de terra pelo pior coveiro que existe: o meu coração.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Brisa Refrescante

Brisa refrescante
Refrigera a minha mente.
Brisa refrescante
Faça-me sorrir novamente.

Brisa suave e leve
Venha me refrescar.
Brisa suave e leve
Por mim vai passar.

Brisa suave
Me põe a pensar.
Brisa suave
Sossegado vou ficar.

domingo, 18 de novembro de 2012

Ideal

Gosto de sonhar,
Gosto de imaginar...
De fugir do real....
Algo para mim leal.

Imaginar as coisas perfeitas
Como as coisas deviam ser feitas.
De um lugar ideal...
No irreal.

De ver as pessoas
Não só como pessoas,
Mas com qualidades
Inerente a suas idades.

Quem sabe mais honestas;
Quem sabe mais leais;
Quem sabe menos corruptíveis;
Quem sabe menos odiosas.

Vivo sonhando...
Vivo imaginando...
Assim como uma criança,
O qual, nunca acaba a esperança.

Sonho nos ideais
Para transforma-las em reais.
Essa é a minha esperança,
Esperança que não se cansa.


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Recomeço

Em muitos momentos
O começo é incerto,
Em vários momentos
O começo não é certo.

Comecei algo que muito amei
Logo, me dediquei.
Procurei fazer o melhor que pude.
Sonhos eu despertei.
Era uma arte,
Uma aprendizagem,
Algo para guardar
Para toda vida.

Mas outros começos vieram,
E nem sempre para o bem.
Atrapalharam o máximo que puderam
Dos meus sonhos me despertaram.

Com o tempo foi ficando chato,
Como se não houvesse mais graça.
Para longe me levaram
Daquilo que amei.

Aos poucos fui me afastando,
Afastando de um sonho.
Aquilo que tanto tinha sonhado
Não parecia mais que um sonho.

Mas tudo ira recomeçar,
Assim poderei voltar a sonhar.
Espero poder o máximo me empenhar
Para que desse sonho não tenha mais que acordar.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Sinto falta

Sinto falta aquilo que não conheço
Daquilo que não sei,
Mas sei que sinto falta...
Falta do não conhecido.

Falta de me aventurar,
Fazer coisas novas e diferentes,
Coisas não normais,
Não rotineiras.

Falta de estar com os amigos
Rindo, se divertindo
Ou fazendo nada
Apenas estando com os amigos.

Falta de ver coisas novas,
Coisas diferentes.
Muitas vezes comoventes
Ou divertidas.

Falta de sentir...
A emoção de uma nova aventura.
Falta de sentir...
Desafios a minha altura.

Sinto falta,
Do que eu não sei,
Só sei que sinto falta
De sentir outra vez.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

O homem sem coração

Um homem sem sentimentos,
Se ao menos um alento,
Um homem sem coração.

Se escondia atrás de suas mentiras
Que só traziam a ira
Das amizades que fez.

Não se importava com o próximo,
Mesmo o mais próximo
Da família que tinha.

Era simplesmente ganancioso,
Muitas vezes teimoso
Só para ganhar dinheiro.

Não se importava com as famílias
Que ele detinha
Das empresas que criou.

Simplesmente os explorava,
Muito mau ele tratava
Os seus subornados.

Não conseguia formar família
Por causa da ganancia que tinha
Já que as mulheres não o quiserem de vez.

Decidiu adotar uma criança,
Quem sabe havia esperança
Na pessoa que formaria.

Uma criança que ele amou,
Muito bem ele tratou
Quanto a nenhum outro fez.

Essa criança crescia
E tudo tinha
Mimado ele foi.

Tinha muita cultura
Para ficar a altura
Dos empresários cobiçosos.

Mas o inesperado aconteceu,
A criança cresceu
E cobiçoso não se formou.

Tentou ajudar o mundo
Com todo o seu fundo
Libertando muitos de cada vez.

Seu pai se chateava,
Não era o que ele esperava
Do filho que formou.

Tentou consertar o filho
Para que entrasse nos trilhos
E sem sentimentos fosse de vez.

Mas, por mais que ele tentava
Não dava em nada
As tentativas que ele fez.

Por fim, deserdou o filho
Como um mero castigo
Do erro que cometeu.

Seria muito ardiloso
Que os outros fossem bondoso
Dos erros que cometeu.

Sozinho ficaria,
Mesmo com todo o dinheiro que tinha
Só cobiçosos vinham aos seus pés.

Mas, não era o que ele queria,
Nem ao menos o que ele amaria
O filho que ele tinha.

Em fim, morreu infeliz
Sem ao menos o seu sentimento
Sem a sua cobiça.

Percebeu que assim como ele fora,
As pessoas também foram
Sem sentimento nenhum...

sábado, 20 de outubro de 2012

Quem é Você?



Quando crianças, vivemos a imaginar como incrível é o mundo dos adultos; como é fantástico poder fazer tudo, ter dinheiro para comprar o que quiser, poder sair para qualquer tipo de lugar, andar em qualquer brinquedo e várias outras coisas que nós crianças não podemos. Dentre as muitas fábulas elaboradas por nós, surge outra que pode durar muito além da fase infantil; aquela famosa pergunta:  O que seremos quando crescer? Só que o caminho de transição da adolescência para a fase adulta proporciona diversas mudanças inclusive de personalidade.

Os ideais quando somos jovens parecem bem claros, ou, pelo menos, deveriam parecer, mas a verdade é que muito desses ideais claros vão se fragmentando e pode chegar a desaparecer em certas pessoas; o mundo começa a modifica-la, onde ora havia uma criança, ou um adolescente, cheio de sonhos que criticava os políticos e a grande corrupção do mundo, hoje surge um homem que beneficia a aprovação de orçamento só para levar uma pequena porcentagem em cima dele. As pessoas vão mudando conforme o tempo, talvez porque queiram ou talvez não; talvez porque percebam que não adiantará brigar por aquilo que acha é correto a vida toda, mas não vale? Ou por ter perdido a fé naquilo que acredita. Nessas pessoas o pensamento de Rousseau se condensa: ‘ O homem é bom e a sociedade o corrompe. ’
Difícil acreditar, mas uma menina doce, simpática e gentil ao se tornar adulta pode se tornar egoísta, egocêntrica e prepotente, como também é triste ver um antigo jovem idealista dizer: ‘- Vou correr atrás do meu’. Eu ainda acredito que a maioria não é assim e não é mesmo, infelizmente, a minoria que essa mudança ocorre faz com que nós pensemos que o mundo é um lugar ruim de ser viver e que não há uma solução para corrigir isso. Conheço várias pessoas que apesar dos anos se passarem continuam as mesmas, são do mesmo jeito que eram quando as conhecia, na verdade, não, são melhores porque o tempo nos ensina a ser melhor conforme ele vai seguindo e os problemas são superados.

Sim, essa é uma visão romântica em um mundo naturalista, mas fazer o que? Ainda não mudei meu modo de pensar e continua acreditando nas mesmas coisas que acreditava quando era criança, inclusive, desde aquela época já sabia a resposta para a pergunta ‘o que você quer ser quando crescer?’; nunca foi uma dificuldade responde-la já que era uma palavra curta e simples: - Eu.

domingo, 14 de outubro de 2012

O Sol do Oriente



E em certo dia resolvi andar pelo mundo;
Ir até o lugar mais distante que eu pudesse;
Queria atravessar o Mediterrâneo profundo;
Andar pelas ruas em guerra pela prece.

Foi assim que tudo começou;
O Sol já não estava mais sobre nós;
O vento frio batia em mim, meu chapéu ele levou;
Temia que acabasse a sós.

Lá longe, no porto, eu avistava um navio;
A faixa dizia: Venha Ver o Sol do Oriente!
O estranho dizer tão logo me seduziu;
Segui em frente, segui em frente; ver o Sol do Oriente.

Noites longas e no meio das águas passaram-se;
Não contei quantas e nem quantos dias fiquei por ali;
A minha memória a cada vento secava-se;
Minha mente não estava em mim.

Até que então cheguei ao tal oriente;
Não era tão mágico como pensei;
Era sim um pouco, mas não muito, diferente;
Até que uma linda jovem eu avistei.

Era ela, o sol do oriente!
Tão brilhante seus olhos que mal podiam se abrir;
Acho que o sol das estrelas não queria uma concorrente;
Por isso, se tratou de com um chapéu encobrir.

O que aconteceu daqui pra frente não contarei;
Até porque essa história é minha;
O que deves saber é que eu a encontrei;
O lugar que estava procurando na primeira entrelinha

Uma viagem tão longa em tão triste;
Feita por um homem tão distante dele próprio;
Compreende em um segundo que a razão ainda existe;
Mas muitas vezes isso não está assim tão próximo.

domingo, 23 de setembro de 2012

Nem Sempre




Nem sempre um sorriso é sinal de felicidade;
Nem sempre o bom humor vai com a idade;
Nem sempre azul traz tranquilidade;
Nem sempre uma mulher vive de sensualidade.

Nem sempre os pássaros cantam de dia;
Nem sempre um mago tem magia;
Nem sempre uma pele é macia;
Nem sempre uma nordestina se chama Maria.

Nem sempre a lua está visível no céu;
Nem sempre um cowboy precisa usar seu chapéu,
Nem sempre para ser noiva precisa ter véu;
Nem sempre se sabe fazer um barquinho de papel.

Nem sempre uma lagrima carrega tristeza;
Nem sempre riqueza é sinônimo de nobreza;
Nem sempre um acerto traz certeza;
Nem sempre paz é sinônimo de limpeza.

Às vezes, o quadrado gira como um moinho;
Os sorrisos acompanham lagrimas pelo caminho;
Você não conhece e nem fala com seu vizinho;
E o padre não gosta de vinho.

Às vezes, para ser bom não precisa ser puro;
Às vezes, um homem tem medo de escuro;
A idade não define se você é maduro;
E um grande garoto não é adulto.

sábado, 15 de setembro de 2012

As Flores


Você já imaginou como o mundo seria tão chato se algumas coisas? Já imaginou como seria sem graça, tedioso, sonolento e irritante se não existissem algumas coisas? Como por exemplo, as flores. Você já imaginou como o mundo seria sem flores?

Imagine um mundo sem flores; um mundo os não existam jardins; onde não existam floriculturas; onde não existe aquele colorido bonito de uma pétala ou o aroma agradável de uma tulipa. O mundo perderia seu charme, seu romantismo, sua graça. Isso por conta de um mero ser que deixou de existir. Não existira mais o elogio ‘flor’. ‘Você é uma flor’ - essa frase não existiria afinal, o que é uma flor? É uma coisa boa ou ruim?

Os presentes. O que seriam deles? O que seriam das pessoas nos hospitais sem flores? O que seriam das mães sem flores? Das mulheres sem as flores? Essas mulheres que adoram ganhar uma flor, ou estou falando mentira? Elas dizem que não, mas se derretem toda quando um rapaz chega e lhes entrega um rosa para demonstrar o seu amor e carinho por ela. Mas flores morrem tão rápido. Três, quatro, uma semana? Quanto tempo dura uma flor? Mas o sentimento não dura tão pouco assim, ou pelo menos não deveria. Acho que uma flor não serviria para mim, a não ser que eu encontre uma flor que dure para sempre; uma flor que nunca morra e ultrapasse os sentidos da lógica; uma flor de plástico talvez; ou uma flor de chocolate, como as que vendem por ai. Pelo menos seria saborosa.

O que seria da arte da conquista sem as flores? Oh, Céus! Estaríamos perdidos! Entraríamos em extinção talvez. Tudo isso por conta de uma flor. A flor que serve de consolo; que arranca um sorriso. Flores que trazem tranquilidade e transformam o dia corrido em algo mais calmo, ou menos caótico; a flor que machuca a mão com os espinhos e conquista os olhos pela beleza; a flor que nasce, cresce, morre; que serve de alimento ao beija flor; a flor da idade; a flor do hoje, do amanhã e do sempre, tudo ao mesmo tempo; a flor das atitudes do ser humano, essa sim, a mais bela flor que há e que nunca pode deixar de existir.



terça-feira, 4 de setembro de 2012

Se Existir Um Céu



Se existir um Céu, eu não quero e nem preciso que nele existam anjos ou santos; eu não quero e nem preciso que ele seja calmo e tranquilo como nos filmes; e nem que ele seja como um campo, todo verde e cheio de natureza, perfume e borboletas voando. Não é necessário. 

Se existir um Céu, eu não preciso e nem quero que lá seja silencioso, que toque música clássica e que todos fiquem na sua como se fossem desconhecidos; não quero que todos usem branco; não quero que eu esteja rodeado de pessoas que sempre agiram só de modo exemplar. Não quero.

Se existir um Céu, espero que ele seja como uma capsula de lembrança, onde nós possamos viver e reviver nossas memórias mais agradáveis; espero que seja um lugar que tenha tudo que nos agrade e deixe feliz; um lugar aonde eu possa me vestir como quiser; falar o que quiser; xingar quem eu quiser e gritar quando eu quiser.  

Se existir um Céu, espero que nesse lugar estejam todas as pessoas que erraram e que aprenderam, ou erraram e não aprenderam; espero que eu encontre lá todos os meus amigos e familiares; as pessoas que me fazem sentir bem; que me fazem sorrir e não querer ir embora. Se existir um Céu, e ele não for assim, sinceramente, eu não quero ir para o Céu.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Sobre Drummond e A Pedra



Drummond poderia muito bem ter tirado, pulado ou contornado a pedra que estava no meio do caminho; poderia até mesmo não ter escrito sobre ela para ninguém. Por que não o fez, então?

Talvez porque Drummond quisesse sempre se lembrar da perda que tinha no meio do caminho; lembrar que não seria a primeira e muito menos o ultimo caminho que teria uma pedra. Pode ser que Drummond tenha escrito sobre a pedra para que aprendêssemos a estar atentos aos detalhes e as coisas mínimas e minúsculas que nos cercam; para que aprendêssemos a dar valor a elas e não menosprezar nada que há na Terra.

E se Drummond queria apenas ser diferente? E se ele apenas escreveu aquilo para questionar as coisas chatas e maçantes que se escreviam naquela época; escreveu para curar o atraso que havia na cultura naquela época e, ao mesmo tempo, cutucar os velhos e chatos escritores conservadores? Será?

Talvez sim, talvez não... Nunca saberemos; nunca seremos Drummond. O importante é que no meio caminho de Drummond tinha uma pedra; e no meio do caminho da pedra tinha Drummond.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Por quê?



Por que tenho tantas coisas a criar?
Por que tenho tantas coisas a pensar?
Por que tenho que tantas coisas escolher?
Por que tenho que escolher o que quero ser?

Por que vivo momentos intensamente?
Por que vivo momentos tão deprimentes?
Por que não vivo só de bons momentos?
Por que não me esqueço dos meus desalentos?

Por que vivo a sonhar?
Por que tenho que acordar?
Por que tenho que acreditar?
Por que tenho que as coisas buscar?

Por que os amigos vivem longe de mim?
Por que outros me traíram tão perto assim?
Por que alguns nem vou chegar a conhecer?
Por que outros tenho que esquecer?

Por que tenho que uma vida progredir?
Por que tenho que uma pessoa me unir?
Por que tenho que uma família formar?
Por que tenho que ter filhos para criar?

Por que momentos coloco a razão acima da emoção?
Por que momentos coloco o coração acima da razão?
Por que o amor não é tão simples quanto parece?
Por que não é algo que se aprece?

Por que tem coisas tão rotineiras?
Por que tem coisas tão passageiras?
Por que tem saudades do passado?
Por que tenho que dá valor no que não se passou?

Por que tenho que pensar tantas coisas?
Por que tenho me perguntar todo o instante?
Por que não consigo me expressar?
Por que a cada instante eu tenho que passar?

Por quê?... por quê?... por quê?...

domingo, 26 de agosto de 2012

O Homem, o Jovem e os Cachorros



Em uma cidade, não tão pequena, mas não muito grande; uma cidade como qualquer cidade moderna, onde o transito já começava a exaltar a paciência e o calor do sol derretia o a disposição, existia um homem, um andarilho. Um homem que não tinha casa, muito menos nome; um homem que se vestia maltrapidamente, e andava como se tivesse suas pernas cansadas e derrotadas pela dor da idade. Esse homem, cujas pessoas olhavam assustadas e tratavam de desviar assim que o avistavam, andava sempre de um lado ao outro de certa avenida, também não tão grande, nem tão pequena; apenas uma avenida. O homem fazia o mesmo caminho, de um canto a outro, mas não fazia sozinho; o homem era acompanhado por cachorros, muitos cachorros que o cercavam fazendo uma espécie de escudo em volta do homem maltrapido.

Na esquina dessa avenida, um jovem observava a caminhada do homem todos os dias e sempre no mesmo horário enquanto tomava o seu cappuccino; aquilo o deixava intrigado. Um dia o jovem o abordou na rua e perguntou ao homem maltrapido se ele queria que lhe pagasse um café, uma comida, alguma coisa. O homem maltrapido abanou a cabeça, mas disse-lhe que ficaria grato se ao invés disso ele poderia levar um de seus cachorros a algum veterinário, pois o mesmo estava muito doente; o jovem achou um tanto estranho a reposta do homem, mas não hesitou e levou o cachorro para uma veterinária conhecida sua e após esse episódio nunca mais viu o homem maltrapido.
Algum tempo depois, passados alguns meses, ou talvez, alguns dias; o jovem voltou a ver o homem maltrapido acompanhado de seus cachorros; continuava do mesmo jeito, com os mesmo cachorros ao seu redor; ao lado dos seus pés, sujos e machucados pelo calor do asfalto, o homem tinha uma tigela com uma quantidade de comida; comida que ele, com as próprias mãos dividiam com seus apóstolos caninos; era uma espécie de multiplicação do arroz vamos assim dizer. Novamente, o jovem ficou confuso, foi em direção ao homem e perguntou-lhe porque dividia sua escassa comida com os cães, se ela não era suficiente nem para alimentar um homem como ele.
Estranhamente natural, o homem respondera que assim como ele os cães também precisavam comer. O Jovem, mais uma vez intrigado com tal atitude, perguntou-lhe o porquê que ele vivia rodeado de tantos animais sujos e imundos com aspectos tão traiçoeiros que poderiam em um momento de desespero ataca-lo sem motivo algum; se valia a pena correr esse risco; se os cães eram mesmo de sua confiança e se ele tinha mesmo certeza de que em um dado momento eles não poderiam abandona-lo, fazendo com que todo o seu carinho e generosidade fosse em vão.

O homem então ergue a cabeça e com um sorriso irônico no rosto disse ao jovem a seguinte frase:
- Meu jovem; não sei se você percebeu, mas estão ao meu lado cachorros e não os homens bem vestidos que tomam café e sorriem ironicamente para você enquanto tomam café. Acho que essas perguntas estão sendo feitas para a pessoa errada.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Pluft, Plaft, Zum



Não sei. Pode até surgir um cowboy fora da lei que venha revolucionar e recomeçar o rock nacional. Não sei. Pode ser que aconteça. Não vai ser assim, de uma hora para outra que isso vai acontecer, mas pode ser que aconteça. Pode ser que surja uma mosca na sopa e de aquele pluft, plaft, zum que o rock necessita para emplacar novamente e ir muito além de um lugar algum. Eu ainda tenho esperanças que isso ocorra.

Como vovó já dizia, não é preciso ter nascido há dez mil anos atrás, precisa ter apenas o dom de fazer a Terra parar por um dia por conta da sua maluquice. É preciso ter o dom e o carisma. Ter a atitude e a energia para fazer a nossa sociedade alternativa reviver e perder o medo da chuva que tanto nos assombra e tocar um rock verossímil e revolucionário, capaz de fazer até as aranhas dançarem. Precisamos de um Al Capone. Precisamos de um Al Capone do rock brasileiro para botar ordem na casa já que as bandas atuais andam um pouco preguiçosas. Estamos em S.O.S, a ponto de perder o trem das sete da salvação musical. Meu amigo Pedro costumava dizer: - Se você acredita em algo tem que acreditar até o fim. Se der errado na primeira vez, tente outra vez!

E é isso que nós vamos fazendo, tentando e tentando acreditar que um dia esse ouro não será mais de tolo; que as resposta de Gita vão ser respondidas; que a nossa velha opinião não esteja formada acima de tudo; que a metamorfose ambulante nunca tenha fim; e que no fundo desse Baú ainda exista algo tão grandioso quanto as músicas de Raul.

PS: Raul Seixas - 23 anos tocando o seu rock'n roll no céu . . . ou no inferno.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Sono

Com o sono estou a brigar,
Cansado ele esta a me deixar
Quero muito dormir,
Mas muitas coisas hão de vir.

Me acompanha nos meus estudos,
Em meu trabalho e em meu almoço.
Cambaleando de um lado ao outro
Por que uma piscada demora tanto?

Pensamentos longes me leva
Uma brisa refrescante... quem dera!
Um longo descanso me dá
Quando em minha cama chego a deitar.

Mas tenho que prestar atenção,
Sim, tenho que fazer esta criação.
Tenho que me preparar,
Em breve minha prova vai chegar.

Para o nada ei de olhar, 
Mente vazia uma hora vai ficar
Meu corpo está tentando descansar,
Mas agora não posso, tenho que pensar.

Contudo o sono insiste
Em deixar o som mais longe,
Uma piscada mais longa,
Um corpo caminhante.

Os olhos quase abertos,
Nem quase enxergo.
O que o professor está a falar?
Quanto conteúdo! como ele chegou até lá?

Estou quase a descansar.
Minha cama, já estou a chegar.
De lá não quero sair
Enquanto o sono não deixar de sair.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Versos da noite

Pequenos versos ficam em minha memória,
Uma grande história que não tem hora.
Divagando em meus pensamentos,
Ternas lembranças que não têm tempo.

Espero uma hora em que tudo se confirme
No sonho não tem nada que não se afirme.
Fico noites a sonhar...
Noites ao luar...

Estrelas vejo no céu
Em um momento fico ao léu
Em uma calma noite de luar
Tranquilidade esta a me domar.

Mas enfim chega ao fim da noite,
O dia está amanhecendo!
O sol volta a iluminar
E, minha vida volta a continuar.

sábado, 11 de agosto de 2012

Herói



Eu sempre gostei de histórias em quadrinhos. Lê-las era o que eu mais gostava de fazer quando era pirralho. Eu viajava nos gibis do Batman, do Superman, Liga da Justiça, etc e tal. Gostava muito desses personagens que enchem a imaginação da criança e gostava de imaginar situações, histórias mirabolantes com os brinquedos deles que eu tinha. Era um roteirista mirim da imaginação, uma criança que achava que a vida era apenas aquilo e, naquela idade, realmente era.

Gostava de ficar a manhã e a tarde inteira assistindo a desenhos do Homem Aranha, Power Ranger, Cavaleiros do Zodíaco, Jaspion, e tantos outros que não caberiam nesse texto. Ou seja, era fascinado por super-heróis e tudo o que eles representavam tudo o que eles faziam; as batalhas que eles travavam pela justiça; pela honestidade; pela honra e o inimigos que eles derrotavam e dificuldades que conseguiam superar. Não à toa fico empolgado ao ver os personagens dos meus desenhos e gibis na tela grande, com seus filmes hollywoodianos cheios de efeitos, explosões e toda aquela história de sempre as coisas darem certo no final e serem felizes para sempre.
Só que ai o tempo vai passando e a gente vai percebendo que os heróis dos quadrinhos não existem e nunca vão existir; que as coisas não são tão perfeitas como pareciam neles; que muitas vezes os vilões vão sim escapar; e que existem mascarados, mas não são para fazes justiça ou ajudar as pessoas, muito pelo contrario.

Pois é, a gente cresce. Eu cresci, e fui percebendo isso aos poucos, mas percebi outras coisas também, os heróis dos quadrinhos não existem, mas eles não precisam existir, pois existem os heróis de verdade, da vida real, que não usam mascaras. Os policiais (ainda existem bons), os bombeiros, médicos, voluntários, eles são os heróis que o mundo real precisa e merece. E, acima de tudo, percebi que o meu maior herói sempre esteve ao meu lado o tempo todo e ele não usa capa e nem mascara; ele é apenas mais um homem comum, assim como todos, que sai de casa todo dia pela manha e chega à tarde. O homem que eu esperava chegar aos sábados em casa enquanto assistia a ‘A Praça É Nossa’; que me levava para trabalhar junto com ele no segundo domingo de agosto; que comprava chocolate e doces para mim; que me trazia pastel aos domingos; mostrava-me o que era justo, honesto e honroso para uma pessoa e que me comprava os gibis que eu tanto gostava.

Pai, eu não queria te decepcionar, mas eu já desvendei a sua identidade secreta há muito tempo. Feliz Dia dos Pais.

PS: Um Feliz Dia dos Pais Para Todos! 

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Sombras da Noite



Sombras da noite nós somos,
Mas não procurando ninguém para assombrar.
Sombras da noite nós somos,
Fazemos da lua a nossa companheira para conversar.

Sombras da noite ignoradas pelo mundo
Que não nos acolhe como acolhe os iluminados
Não nos aconchega com um abraço profundo.
Trata-nos como se fossemos vulgos condenados

Sombras da noite nós somos,
Vagamos de uma rua a outra, de esquina em esquina.
Viramos vilões e medo nos olhos de quem tem mordomo,
E o que não tem também nos discrimina.

Sombras da noite nós somos e esquecido também;
Esquecidos pelas pessoas que nos eram familiares.
Identidade para uma sombra não convém.
Andamos solitários, as ruas são nossos lares.

Sombras da noite também sofrem com o frio,
Também sofrem com a violência;
Queremos estar seguros do civil;
Da cidade, vivemos o máximo e o pior de sua carência.

Sombras da noite, mas de dia estamos por ai;
Procurando algum lugar pra comer;
Algum lugar tranquilo pra dormir;
E alguma esperança para viver.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Soneto de Lembrança



Na minha mente vazia mil pensamentos vêm a passar;
Passam rios de lembranças para recordar.
Se a tarde é calma algo vem me distanciar;
E se a chuva no teto bate tão logo vou despertar.

Durante a noite fechei os olhos e comecei a lembrar,
Lembrar das coisas mais simples que há;
Lembrei que cheguei e você já estava lá;
E que um sorriso seu eu adoro roubar;

Era tudo tão real que você parecia realmente me olhar,
Como se a lembrança na mente não fosse do meu imaginar,
Mas a mente não cria, apenas lembra o que se pôs a passar.

E se tudo aquilo já aconteceu perante aquele luar,
Espero que essas lembranças sirvam de pólvora para te esperar,
Pois elas me deram uma vontade imensa de te abraçar.

O Roteirista


O roteirista estava em busca de uma inspiração
Enquanto esperava o seu irmão.
Esperava-o no terminal,
Talvez comece sua história final.

Milhares de coisas passavam em sua mente
Parecia muitas vezes um demente.
Ficava olhando o seu reflexo na tinta azul
Observava se o ônibus ia para o sul.

Via pessoas correndo de um lado para outro
Atrasadas, talvez, para o encontro,
Pensava em umas estórias
Mal sabia que criava sua história.

Olhava e observava aquele dia
Percebia que nada se media
Todas as coisas pareciam sem valor
Talvez finalmente conhecesse o amor.

Encontrava finalmente
O que só criava em sua mente.
Em todas suas criações,
Nunca colocava suas emoções.

Talvez isso lhe faltasse
Uma mulher em que amasse.
Uma história que não se criava
Simplesmente vivenciava.

Vivenciou um bom momento
Algo fora do seu intento.
Mas lhe faltou um pouco de ação
Para a perfeição de sua não criação.

Vivenciou uma história
O qual ficava em sua memória.
Mas tinha que ir embora,
Talvez não fosse a hora...

Enquanto buscava inspiração
Entendeu que faltava emoção,
Talvez um pouco de ação
Ou até a compreenção.

Lembrava do seu reflexo na tinta azul
Olhava para o céu azul.
Sabia que essa história
Não teria o final esperado.

domingo, 15 de julho de 2012

Soneto Paulista



São Paulo, és tu a cidade mais linda,
É a cidade mais querida e mais odiada
É a cidade da vinda e da ida;
Do aconchego e da noitada.

Seu centro é tão belo, simples e temido;
O que o enfeia ou critica não tem culpa;
Não sabe dar um sorriso sem ser deprimido;
Não sabe realmente que ali um coração ocupa.

Se a escuridão ou o vento me bate;
Acolho-me em seus braços como um mero mortal.
Escuto aquilo que de melhor me vale;

Palavras doces em meio ao barulho infernal;
Tudo isso para que uma hora eu me canse e pare;
Para dizer a mim mesmo: Sou Paulista, isso é normal. 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Saudade

Em certos momentos
Me ponho a pensar,
Em alguns momentos,
Vejo a saudade passar.

Lembraças corrosivas
Encheram meus pensamentos,
Corroem tudo o que há dentro de mim,
Corroem o meu peito.

Momentos tão marcantes ficam,
Lembranças inesquecíveis.
O simples fato de lembrar
Me dá saudade de voltar lá.

Gostaria que o tempo parasse
E por lá eu ficasse.
Mas tenho que prosseguir,
Mais momentos vão sugir!

sábado, 7 de julho de 2012

O tempo


O tempo corre e demora,
Depende muito da hora,
Às vezes como aliado,
Às vezes como inimigo.

Ela sempre me deixa na história,
Com lembranças que não passam com a hora.
Não posso apenas ser um detento
Nos pensamentos que ficam com o tempo.

Há momentos que o tempo
Não me da tempo,
Anda, corre e até voa
Nunca quando estou atoa.

Sempre no momento em que estou ocupado
Só para me deixar mais preocupado.
Me pergunto: Por que o tempo não voa
Quando estou atoa?

Há momentos em que o tempo demora
Parece que não passa a hora,
Fico desesperado ao esperar
Quando o tempo não quer passar.

Quando se espera algo muito ansioso
O tempo se mostra tão formoso,
Se exibi e demora a passar
Angustiando quem esta a esperar.

Há pessoas que pararam no tempo,
Ficaram de si mesmas um detento.
Não mais evoluem
Apenas as rugas se incluem.

Presos em seus pensares,
Perdidos por seus amores,
Excluídos da evolução
Que grande depravação.

O tempo não volta.
Para muitos cria à revolta.
Arraigados pelos seus arrependimentos,
Pensares tristes em aparecimento.

Atos pensados e mudados,
Para muitos a solução.
Pena que é tarde demais
Só resta a reflexão.

O tempo não volta.
Para muitos a solução.
Tristezas e traumas
Para longe de seu coração.

Fica a história...
Do que não fazer,
Mas a história sempre volta
Nem sempre para me satisfazer.

Há pessoas que não dão tempo
Para o próprio tempo.
Não esperam que as coisas aconteçam
No seu devido momento.

Atropelam a si próprios
E até os próprios amigos.
Estragam conquistas
E até amizades.

O tempo é minha história
De lutas e de vitórias.
Nem sempre como vencedor,
Mas, sim, como um grande competidor.

Algumas vitórias
Ficaram na minha memória,
Nunca mais esqueci
Desse tempo que sorri!

domingo, 24 de junho de 2012

O Segredo do Fim



E, então, descobri, da pior maneira,
Que talvez cada um tenha o seu tempo;
Que todas as famílias terão sempre algum lamento
Quando alguém chegar na hora derradeira.

Como pode uma pessoa ser tirada de nós?
Como pode ser tirada assim de repente?
Indo para outro lado da vida e nos deixando a sós;
Fazendo nós encararmos isso de frente.

Talvez não seja a hora da pessoa ir;
Talvez nós queiramos que ela fique aqui,
Mas tudo tem seu tempo;
Todos têm seu tempo.

Tempo que pode durar um segundo;
Tempo que pode ser agora;
Que pode chegar a qualquer hora;
Tempo que nos deixa vazio o mundo.

Tudo tem seu tempo;
Todos têm seu tempo.
Pessoas são como bombas:
Uma hora elas explodem.

Mas, a explosão é o fim?
Ou seria apenas um começo?
O mundo nasceu de uma explosão assim.
Será que ao fim da vida pagaremos um preço?

Eis, que o maior mistério da vida seja o fim;
O fim que nos amedronta e corrói;
Que nos intimida e nos destrói;
E A agente fica sem saber resposta, enfim.

domingo, 17 de junho de 2012

As Desculpas de Um Ladrão



Seria justificável,
Um ato tão imundo?
Ou inexplicável,
O ato de um vagabundo?

Minha atitude não seria
De forma alguma injusta
Ou então não pensem que eu já teria
Me prostituído na Augusta

Os poemas eram de todos!
Não estava eu errado outrora
E uma vez que não havia acordos
Aproveitei para dar uma de Flora

Por psicopata me passei
Menti e enganei a todos
Todos acreditaram e adorei
Quem sabe um dia faça de novo

Não deixa me mentir meu coração
Por que nos estádios tem olas
Eu apenas exerci função de ladrão
Por que a idéia foi do Douglas

Espero que me amem da maneira que os amei
Eu apenas diria: “Esquece!”
Por que os poemas eu digitei
E passei tudo para um disquete

Queria que vocês me perdoassem
Pela minha brincadeira sem graça
Por que se o Mateus não digitasse
Seria uma imensa desgraça

Fiz isso para o bem de todos
Mateus, Caio, Gabrielle, Douglas e Gustavo
E se não receber perdão de todos
Seria como se a Rosa tivesse abandonado o Cravo

Espero pelo julgamento
Mesmo que pacientemente
Com um forte pensamento
De contentamento descontente

OBS:
Sei que o poema pode estar ambíguo
Isso é culpa do português
De vocês espero ser um grande amigo
A interpretação é por conta de vocês. 

Escrito por: Júlio Santos


O Chamar do Estranho



Enquanto eu passeava,
Alguém me chamou,
Gritava, gritava...
Eis que eu pensava: será que eu parava?

E a voz ecoa através do tempo,
O chamado vem através do vento,
Logo toca meus ouvidos,
E me hipnotiza com sua melodia árdua.

Logo vou de encontro ao chamado
Pisando em espinhos me sinto a andar
Talvez seja perigoso esse estranho isolado
Mas meu corpo se recusa a parar

Não sei por que algo que me é estranho, desconhecido me chama,
Pode ser um novo amor, uma oportunidade, ou até mesmo a infelicidade.
Mesmo que não o conheça, correrei o risco e irei ao seu encontro,
Não terei nada a perder nem a ganhar somente a revelar.

E ao cessar da voz
O chamado some veloz
Será ele a salvação?
Ou juras de maldição?

Eis que sempre vou lembrar,
Está póstuma memória sempre vai ficar.
Quem sabe um dia o verei de novo,
Pois lá no céu vai ser tudo novo.

Escrito por: Aline Oliva, Caio Brito, David Santana, Douglas Oliveira, Gabrielle Nardi, Gustavo Ribeiro, Júlio Santos e Mateus Popolizio.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

O Tamanho do Infinito




Então, eu abri os olhos e a vi,
Como se fosse um anjo parado ali;
Como um simples aceno ela me cumprimentou
E com esse simples gesto o meu mundo mudou.

Olhos brilhantes, bem brilhantes, ela tinha;
Eram como duas jabuticabas, ou era ilusão minha.
E a cada brincadeira, a cada besteira que eu dizia
Ela os fechava, abaixava a cabeça e sorria.

O seu sorriso, tão lindo e contagiante,
Capaz de fazer feliz até o mais bruto ignorante.
Tão doce, tão feminino e tão delicado,
Tentar descrevê-lo seria muito complicado.

Deixo para você formular em sua mente,
Seria aquela garota que você se encanta de repente.
Sem saber o porquê, e sem procurar entender,
Melhor voltar ao poema, antes que comece a me perder.

Então, cheguei perto dela e sua mão eu segurei;
Era uma mão macia e segura,
Não queria mais soltá-la a essa altura,
Mas se a amo de verdade, não posso prendê-la, imaginei.

Mas, como pode uma menina tão delicada,
Ser tão forte, tão simples e tão dedicada?
Faz de seus obstáculos incentivos para seus sonhos buscar;
Enquanto muitas não querem nada, ela tem um objetivo: estudar.

Então, eu a fiz uma promessa, prometi nunca a deixar;
Prometi que estarei sempre ao seu lado para ajudar.
Disse a ela que nos meus ombros ela poderia chorar
E que com o meu eterno carinho ela poderia contar.

Então ela sorriu mais uma vez
E em meio a esse sorriso, uma pergunta ela me fez:
“Você gosta de mim tanto assim?”
Fui simples e objetivo, sorrindo, respondi:  - SIM!

Gosto de você do tamanho do infinito.
Ela então me perguntou: - É muito grande isso?
É um lugar imenso, que eu sou incapaz de abraçar,
Mas não ligo, pois é com você que meus braços querem estar.

Acho que nenhuma outra frase definiria aquilo tão bem;
Como se fosse um estralo que na cabeça nos vem.
O que sei é que quando ela está ao meu lado de nada preciso,
Sinto-me feliz, alegre, completo e só quero o seu sorriso.

sábado, 9 de junho de 2012

Fuga de Identidade



Eu queria ser João
Para poder morar no Japão.
Viveria plantando algodão,
E não precisaria catar nenhum grão

Eu queria ser José,
Pois assim poderia andar a pé.
Sentiria meu solado tocar na terra,
E saberia o que de mim ela espera.

Eu queria der Maria
Para comer os doces de sua tia,
Ignorar todas as tradições
E correr o mundo atrás de emoções.

Mas, não sou ninguém.
Sou Toninho, que anda pra lá e pra cá de trem.
Come frutas por ai,
Esperando que alguém passe aqui.

Mas, eu também queria ser Oswaldo,
Para poder falar bem alto,
Ter um grande respaldo
E estar sempre preparado.

Eu queria ser Pedro,
Para estar sempre bêbado,
Aproveitar toda a madrugada
E não me preocupar com nada.

Queria ser Josefina também,
Assim, eu não andaria de trem.
Pegaria carona com os rapazes
E não viveria nenhum impasse.

Mas, se eu fosse Carlos,
Ficaria a olhar o voo dos pássaros.
Ouviria o canto deles aos montes,
Enquanto admiraria o horizonte.

Mas, não sou ninguém.
Sou Toninho, que anda pra lá e pra cá de trem.
Come frutas por ai,
Esperando que alguém passe aqui.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Aquela Mulher




Aquela mulher que está a vir
Não é minha vizinha, não mora aqui.
Não é minha musa e não tem um lindo riso.
Não tem formosura e nem cabelo liso.

Suas mãos não são macias como as de uma donzela,
E nem tem linda aparência como a Cinderela.
Não é de se deixar levar como outras mulheres
E vive a pensar o que realmente elas querem.

Aquela mulher não tem nenhum amante,
Não sabem o que é ser uma mulher elegante.
Sua alma são os filhos que ela carrega nos braços
E luta para dar-lhes um futuro com diferentes traços.

Por alguns ela pode ser considerada feia,
Mas mal sabem eles o que ela pleiteia.
Um pouco de paz, uma vida honesta, um lugar para morar.
E se algo lhe dói, ela se põe a chorar.

Aquela mulher a noite sonha com um final feliz.
Com um lugar lindo e tranquilo, como ela sempre quis.
Sonha poder saber que terá uma vida melhor amanhã
E que seus sonhos serão verdades com dizia a sua irmã.

Aquela mulher que carrega um sorriso pardo no rosto,
Também tem seus bons e maus gostos.
Não é melhor e nem pior que as outras,
E sabe encarar a vida como poucas.

Aquela mulher, que você sabe que existe,
Talvez tenha, ou não, uma aparecia triste.
Talvez viva, ou não, em um deserto de ilusões.
Porém, consegue fazer da sua mente um baú de emoções.

Talvez ela não tenha um sapato de cristal;
Talvez ela tenha cabelos longos de Rapunzel;
E talvez nunca apareça o seu príncipe encantado,
Mas ela mantém a fé e a esperança ao seu lado.

domingo, 3 de junho de 2012

No Embalo Das Águas



Eleitores e eleitoras desse Brasil imenso! Venho com grande indignação até vocês para falar sobre um assunto muito complicado, muito discutido, comentado ao longo dessas semanas e que tem assustado indignado todos nós. Essa CPI sobre esse tal de Cachoeira, mas que ridícula! Todo mundo sabe que isso é uma palhaçada! Como pode tanta gente estar envolvida nessa novela ridícula que mancha a política desse país? É muito ruim bom que isso tenha vindo à tona agora, ano de eleição, para que nós possamos avaliar os nossos candidatos que se dizem aptos para adquirir nossa confiança.

Eu, por exemplo, disputarei esse ano a Prefeitura de São Paulo e me sinto orgulhoso por isso, pois foram muitos anos trabalhando a serviço da população paulistana. Trabalhei ferozmente para dar um transporte digno e confortável ao povo dessa cidade. Orgulho-me também de fazer parte de obras que cada vez mais vêm mostrando que essa cidade está em um processo de desenvolvimento coletivo, justificado, como se pode ver, pela construção do futuro estádio que abrirá a copa de 2012, aqui no Brasil. Um estádio que está sendo construído com muito suor de todos nós e fora dentro do orçamento previsto e sem dinheiro de ninguém.

Gostaria de deixar bem claro e enfatizar o fato de nenhum político do nosso partido estar envolvido de maneira direta ou indireta nessa CPI do Cachoeira. Isso só demonstra que todos que compõem a nossa equipe são pessoas idôneas e com ficha mais limpa que as ruas de São Paulo e que querem fazer dela uma cidade cada vez melhor, e para isso nós contaremos com a ajuda de vocês no dia da votação, caros cidadãos dessa cidade linda, terra da garoa, das greves, e de tanta gente exemplar.
Bom, então é isso, eleitores e eleitores de São Paulo e desse Brasilzão! Fiquem com Deus e uma boa noite a todos. Agora voltarei a organizar nossa campanha por uma São Paulo melhor junto com minha equipe, pois o meu celular já está tocando e a todo vapor. Tenham uma ótima noite e deixem que nós cuidemos da cidade para você.

Atenciosamente, 
Francisco de França ( Candidato do PSN - Partido Sem Noção )

Alô! Fala, Demóstenes! Tudo bem com você, camarada?
Alô, Demóstenes? Tá me escutando?
Demóstenes, você está ai? Fala alguma coisa cara!
Nossa, estranho, tá mudo...

sábado, 2 de junho de 2012

Transito de Almas



O relógio gira silencioso e continuo. 
Sempre passa, ao tocar dos sinos.
Tic e TAC, passa sem se ver.
Passa hora, hora passa, você vai envelhecer.

Toca o celular, hora de levantar
Se um minuto, se ele atrasa, você vai...atrasar
Seu relógio quebrou? Problema seu!
Se relógio quebrou? A hora você perdeu.

Escravo do tempo eu vou me tornando
Olha o relógio, o tempo tá passando.
Mas, olha para frente porque vais andar,
Não fica de bobeira, começa a acelerar!

Se algo parar, que seja o tempo.
Se eu acelerar, talvez dê tempo.
Tempo pra que? Eu não quero mais isso!
Tempo pra que? O mundo é um hospício!

Chega de escrever, chegar de falar,
Se não nunca vai dar tempo.
Você fala demais, pergunta demais, enrola demais.
 Andar e escrever ao mesmo tempo, você é capaz?


Pronto, está feito, não conseguiu, não.
O tempo passa, a vida segue, os amigos se vão.
E você, onde estava? O Pedro morreu!
Ah, não deu tempo! Você se arrependeu.

E o sol se vai para longe, amanhã ele volta.
Mais um para as estatísticas da pressa.
Era motoboy? Ciclista? Pedestre? Ah, não importa!
Isso tudo, esse povo, só me estressa!

domingo, 27 de maio de 2012

Despedida



Despeço-me dos meus amigos
Despeço-me dos meus desafetos.
Dos pensamentos inquietos
E dos meus entes queridos

Despeço-me dos sonhos que nunca tive
E daqueles que consegui realizar.
Todos eles eu decidi abandonar
Por mais que ele tudo ainda me cative

Vou para um lugar mais tranquilo,
Lá terei tudo aquilo que não se pode ver.
Assim terei mais razões para crer.
Serei eu mesmo, nada que fuja do meu estilo

Despeço-me de tudo que conheci
Um dia talvez eu volte para visita-los
Para ver o sorriso no rosto e alegra-los.
Para que eu conte a todos tudo o que vi

Mas, não fique triste, pois eu estarei bem.
E não inventem de ir me buscar.
Minha decisão você terá que aceitar
Partirei apenas semana que vem.

Mas, antes de partir, gostaria de lhe pedir
Que os momentos felizes você nunca esqueça.
Continuarei vivo em cada uma delas que apareça
E continuarei na sua mente até você permitir.

sábado, 26 de maio de 2012

O Mundo da Pipoca


Há sofrimento na fritura
Eis que sinto um cheiro
Eis que quero ser, permanecer.
Quero estar, sal, pimenta e a pipoca esquenta.

E na hora em que ela estourar todos verão
Que o que o que é apenas um por que
Mas após isso nada fará sentido
E o adeus será apenas até logo

Por que toma te é fruta
Ávida é bela, a vaca amarela, mas tudo depende...
Da flexibilidade do rabo da tartaruga
“O tumulo dos heróis é o coração dos vivos”.

A cada dia a vida passa, passa... Passa
Às vezes sofro demais... Desistir jamais
Rufles doritos ou cheetos? Mas que dia bonito!
Estou sem inspiração, ser ou não ser, eis a questão...

O mundo é o cenário da historia e nós somos os escritores.
Amor acontece quando encontramos na felicidade de outro a própria felicidade
O mundo é uma pipoca!
Escrito por: Aline Oliva, Caio Brito, David Santana, Douglas Oliveira, Gabrielle Nardi, Gustavo Ribeiro, Júlio Santos e Mateus Popolizio.

Água Dura, Pedra Mole.


Há água e pedra em todo lugar
Mas existe um mistério para desvendar
Água dura! Eu sei que fura.
Pedra mole! Será que engole?

Que resistência terei ao golpeado pela água
Oh! Dor! Oh! Vida.
Oh triste andar da vida.
Que idéia é essa aqui?

Esta idéia tão oposta,
Que quase me é imposta
Me trás um pensamento equivocado,
Este ditado não está errado?

Água dura pedra mole
Goiabada e rocambole
Queijo fresco ou risole
Qual desses você escolhe?

E mesmo nesse mundo sofrido
Até as pedras podem chorar
E nos vales das ilusões
Uma gota d’água pode sonhar.

Escrito por: Aline Oliva, Caio Brito, David Santana, Douglas Oliveira, Gabrielle Nardi, Gustavo Ribeiro, Júlio Santos e Mateus Popolizio.