segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Muros de Janelas



Meus olhos tão inquietos
Do meu controle escapam
Mandam-se para entre os prédios
E entre eles se disfarçam.

Quem dera eles possam ser algum dia
Tão livres quanto os pássaros que estão lá fora
 Aqueles que assim como meus olhos, voam pelos prédios
E vão além, muito além desses muros de concreto.

Os vidros dos edifícios formam um rosto
Tão despedaçado quanto minha mente
Não tão perfeito, não é um retrato
Mas é verdadeiro do jeito que é.

Hoje, estou aqui, sem nada nos bolsos
Sem os prédios nem os muros para olhar
Sem as aves para me guiar
Estou aqui. Só a olhar.

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