E essa busca implacável que as pessoas fazem atrás da independência?
Besteira!
A busca pela independência humana é mais uma das utopias que
a mente do homem inventou para ocupar seu tempo e acreditar em algo subjetivo e
impossível.
Um individuo nunca terá a independência plena; todos nós
somos partes de uma grande teia que interliga cada um. Precisamos dos nossos
pais para ser gerados e ao longo do nosso crescimento, da mesma forma que
sempre precisamos dos nossos amigos quando somos adolescentes, adultos e
idosos.
É impossível ser feliz sozinho. É impossível sair da
tristeza sozinho.
É preciso uma mão amiga para enxugar aquela gota salgada de
lágrima que nos escorre a face quando não estamos nos melhores dias; secar as
próprias lágrimas não tem a menor graça. Somos dependentes de carinho, de
ternura e dessas coisas que poetas adoram de colocar em seus textos para
agarrar o leitor. Os poetas são dependentes de seus leitores, dos apaixonados
especialmente. O poeta é dependente da paixão.
As pessoas felizes são dependentes de abraços e de sorrisos.
Afinal, qual a graça de sorrir sozinho? Um sorriso depende do outro para existir;
se multiplicam mais do que bocejos às 6hs da manha no transporte publico ou as noticias
que se espalham pelas redes sociais, mensagens e telefones.
Vivemos para compartilhar. Somos dependentes uns dos outros.
Dependemos de seus sorrisos, de suas lagrimas, das palavras e das atitudes de
cada um dos integrantes desse imenso contexto chamado Vida. Sempre foi assim; sempre será.
Eu não almejo essa total independência que muitos querem. Quero, sim, em alguns momentos poder tomar decisões com total autonomia, mas até nisso não seria totalmente independente porque uma decisão leva em conta outros diversos fatores que as direcionam para um determinado fim. Desejo boa sorte para aqueles que a querem, mas eu fico aqui, em meio a essa total dependência moderna das pessoas. Prefiro estar no meio delas.
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