"Cantando agente inventa.
Inventa um romance, uma saudade, uma mentira.
Cantando a gente faz história.
Foi gritando que eu aprendi a cantar:sem nenhum pudor, sem
pecado. Canto pra espantar os demônios, pra juntar os amigos.
Pra sentir o mundo, pra seduzir a vida. " ( Cazuza )
Considerado como um dos maiores compositores da musica
brasileira, Cazuza era o típico maior abandonado carioca e fantasiava seus
próprios segredos com composições que eram ora criticas e pesadas, ora
românticas e transpiravam sentimentos. Características essas que também
marcavam sua personalidade intensa e ao
mesmo tempo tranquila. Era exagerado. Inventava amores para se distrair e
cantava pelos quatro cantos que queria uma ideologia para viver, mas ele mesmo
criava sua própria ideologia. Adorava raspas e restos. Cazuza atingia sempre os
extremos, seja qual fosse seu estado de espírito.
Por que Cazuza era assim? Talvez nem ele mesmo soubesse, ou
talvez, não quisesse saber; fazia parte do seu show. O show particular de ser
Cazuza. Queria a sorte de um amor tranquilo; queria que o dia nascesse feliz
para que ele pudesse aproveita-lo. Enquanto o mundo dormia, ele acordava. Para
Cazuza o tempo não parava. Vivia intensamente, segundo por segundo, ao melhor
estilo Cazuza de ser, e ainda alimentava os carentes ouvidos brasileiros. Eram
o seu pão e sua comida. Era o que ele gostava de fazer: criar, escrever,
compor, colocar todo o amor que havia naquela vida frenética em uma canção e
fazer com que todos parassem para escuta-lo. Ele não fazia a música, apenas a
retirava, porque de alguma forma ela já estava ali dentro dele; ele era a
música e a música era ele.
Mas no dia 7 de julho de 1990, Cazuza fechou os olhos pela
ultima vez, deixando milhares de fãs órfãos.
O tempo não parou para esperar Cazuza e nem ele parou para
esperar o tempo.
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