domingo, 13 de janeiro de 2013

Cazuza: O Maior Abandonado



"Cantando agente inventa.
Inventa um romance, uma saudade, uma mentira.
Cantando a gente faz história.
Foi gritando que eu aprendi a cantar:sem nenhum pudor, sem pecado. Canto pra espantar os demônios, pra juntar os amigos.
Pra sentir o mundo, pra seduzir a vida. " ( Cazuza )

Considerado como um dos maiores compositores da musica brasileira, Cazuza era o típico maior abandonado carioca e fantasiava seus próprios segredos com composições que eram ora criticas e pesadas, ora românticas e transpiravam sentimentos. Características essas que também marcavam sua personalidade  intensa e ao mesmo tempo tranquila. Era exagerado. Inventava amores para se distrair e cantava pelos quatro cantos que queria uma ideologia para viver, mas ele mesmo criava sua própria ideologia. Adorava raspas e restos. Cazuza atingia sempre os extremos, seja qual fosse seu estado de espírito.

Por que Cazuza era assim? Talvez nem ele mesmo soubesse, ou talvez, não quisesse saber; fazia parte do seu show. O show particular de ser Cazuza. Queria a sorte de um amor tranquilo; queria que o dia nascesse feliz para que ele pudesse aproveita-lo. Enquanto o mundo dormia, ele acordava. Para Cazuza o tempo não parava. Vivia intensamente, segundo por segundo, ao melhor estilo Cazuza de ser, e ainda alimentava os carentes ouvidos brasileiros. Eram o seu pão e sua comida. Era o que ele gostava de fazer: criar, escrever, compor, colocar todo o amor que havia naquela vida frenética em uma canção e fazer com que todos parassem para escuta-lo. Ele não fazia a música, apenas a retirava, porque de alguma forma ela já estava ali dentro dele; ele era a música e a música era ele.

Mas no dia 7 de julho de 1990, Cazuza fechou os olhos pela ultima vez, deixando milhares de fãs órfãos.
O tempo não parou para esperar Cazuza e nem ele parou para esperar o tempo.

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