Perfeccionista; detalhista; chato; obsessivo; determinado.
Muitos são os adjetivos atribuídos às pessoas que buscar sempre a perfeição no
que fazem. É do ser humano querer ser melhor do que era, ser melhor do que é e
melhor do que as pessoas a sua volta. A busca pelo aprimoramento vem desde os
tempos em que o homem das cavernas. Sim, nosso amigo buscava uma maneira mais
agradável de ‘laçar’ sua pretendente do que puxa-la pelos cabelos, talvez tenha
sido com essa intenção que o mesmo fez o fogo. Homem das cavernas que tem fogo
é melhor do que homem das cavernas que não tem, certo?
Mas o que é ser melhor? O que ser o melhor? Um velho sábio
diria que com grandes poderes vêm grandes responsabilidades. Ele está
totalmente certo. Se tornar melhor implica em mais uma grade de
responsabilidade que antes talvez nós não tivéssemos. Mas nós somos melhores,
então tiraremos isso de letra. Não, não. Nem sempre é assim. Ser melhor não
significa exatamente que você se tornou melhor em tudo. Quando focamos muito em
uma coisa, geralmente baixamos a guarda em outra. Talvez você seja o melhor da
sua faculdade, mas em casa não vale as fezes que seu cachorro deixou no tapete
na ultima madrugada; talvez você seja o melhor do seu trabalho, mas entre os
amigos deixa muito a desejar; ou ser o melhor jogador do mundo, mas não ter
tempo para a sua garota.
Ser melhor? Pra quê? É com a intenção de ser melhor que
muitas guerras medievais ainda reinam pelo mundo. O verdadeiro aprimoramento
tem que ser do espírito; da consciência. Aquela coisa de apoiar tranquilamente
a cabeça no travesseiro sabendo que você fez o seu melhor naquele dia. Ajudar
um deficiente; quebrar a cara um zilhão de vezes e ter a coragem de seguir em
frente; olhar para aquela pessoa com quem você se desentendeu em
algum momento e ter a humildade de desejar-lhe um bom almoço, um bom dia ou
suas desculpas. Isso é ser melhor. Esse é o nosso melhor.
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