Às vezes, olho para o nada
Entre as ruas e os carros procuro um lugar
Viajo internamente sobre o meu transe.
E por lá fico.
Às vezes, gosto de ficar calado.
Só escutando o que está a minha volta
O som das pessoas, das ruas, do caos.
Às vezes gosto de olhar as pessoas.
Existem tantas historias por ai
Tantas emoções nesses olhos públicos
É um mistério tentar desvenda-los
Ou traduzir as olheiras de cada um deles..
Às vezes, gosto de não dizer nada
Outras vezes apenas tenho preguiça
Uma poesia me vem à cabeça, não a escrevo.
Prefiro ficar ali; parado.
Gosto de olhar pelas janelas do ônibus,
Mas ultimamente tenho dormido assim que sento
Acho que estou um pouco cansado do mundo
Ou só esteja cansado de mim.
Eventualmente vou à mesma padaria
E faço o mesmo pedido
Não gosto de rotina, mas às vezes ela me relaxa.
É preciso alimentar os vícios.
Não sou um cara que prenda tanto as coisas
Mas, eventualmente, acabo o fazendo
Não que eu queira, mas às vezes eu quero.
Às vezes, eu deixo as coisas fluírem como a minha mente.
Ouvi dizer que não devemos prender as borboletas
Temos que cuidar do jardim para que um dia elas voltem
Mas não sou nenhum jardineiro
E eu gosto tanto das minhas borboletas.
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