quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Dualidades da vida.



Ódio e amor
A dualidade que nos segue.
Hora cheio de amor,
Hora o ódio está a sobrepor.

Às vezes quero estar perto,
Às vezes quero estar longe.
As palavras não se expressam como quero
No coração o ódio se esconde.

Racionalidade você não sabe amar!
Sentimentos você não pensar!
Por que no equilíbrio não querem ficar?
Por que as vezes veem me atormentar?

Se ao menos pudesse recordar
Sem ao menos amar,
Lembraria daquele olhar
Naquele vagão que deixava andar

Se ao menos pudesse sentir
Sem ao menos pensar,
Tocaria naquela delicada mão
Que teria o maior prazer em beijar.

Sei que a balança desequilibrada está
Tende ao amor ou a pensar
Equilibrada talvez nunca vai estar
O equilíbrio é o ideal que estou a pensar.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Ponto



Carlos estava no ponto, esperando um ponto, ele estava com muita dúvida, pois não sabia se estava esperando o ônibus ou chegar no fim do parágrafo do livro que lia. Talvez fosse os dois que esperava, apesar de não saber. Enfim o ônibus chegou e logo foi se sentar, a pessoa ao seu lado estava machucado, mas o seu livro de matemática não parava de ler, parecia amar. Aquele homem machucado começou a falar com Carlos sobre os diversos pontos que estava a carregar. Carlos ficou em dúvida se os pontos eram do plano cartesiano, se era os pontos de suas feridas ou pontos importantes que aquele livro de matemática estava a mostrar, isso Carlos não sabia e ficou a pensar. Aquele homem machucado falou que ia descer e com alguém ia se encontrar, Carlos sabia de certo que aquele homem não ia descer num ponto qualquer, era um ponto de encontro, ponto onde encontraria o seu amor ou o médico que curaria sua dor. Todavia Carlos voltou a ler e esperava chegar no ponto final, mas o ônibus ia demorar a chegar e o livro tinhas muitas páginas para acabar, ele ficou preocupado já que chegaria atrasado em seu trabalho e o ponto não ia perdoar, o crachá tinha que "bater", tinha que no sistema avisar, porém Carlos ficava tranquilo já que na escola só tinha que fiscalizar o ponto que os professores tinham que assinar e a senhora antes dele ia dar alguns pontos a mais no crochê que estava a fazer, depois ia ganhar um pouco a mais. No ponto final, Carlos chegou e lá ficou a refletir os diversos pontos de dúvidas e conclusões que chegou, apesar de não saber a que ponto ele chegou.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Era pra ser um dia feliz...



Era pra ser um dia feliz...
Se não tivesse acordado com depressão
Com uma felicidade sem ação,
A tristeza veio misturada com emoção.

Era pra ser um dia feliz...
Se não tivesse esperado duas horas
Com um guarda apitando a horas
Das irregularidades que via.

Era pra ser um dia feliz...
Se não fosse uma criança possessiva
De uma mãe que não importaria
Dos incômodos que estava a causar.

Era pra ser um dia feliz...
Se não estivesse triste com o que propus
Nem ao menos o colorido das bolhas
Tirou o preto e branco dentro de mim.

Era pra ser um dia feliz...
Se não fosse um telefonema
De uma enfermidade repentina
De preocupações com stress.

Era pra ser um dia feliz...
Se não fosse o rangido da porta infernal
Que por duas horas tive que ouvir no hall,
Além de uma senhorinha que chorava além do normal.

Era pra ser um dia feliz...
Pelo menos alguns instantes foi
O chuveiro estava bem quente
E relaxou minha mente.

Era pra ser um dia feliz...
Se não eu achasse que seria um dia feliz
Criei muita expectativa em um dia
Que não era pra ser dia.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

O meu primeiro erro

♪ Se um dia eu pudesse ver
Meu passado inteiro... ♫

De histórias mal contadas e severamente escondidas, um nascimento e a relação de pai e filho é afetado. Escondida a sete chaves de todos que conhecem apenas alguns deslizes fazem conhecer essa história dita nas poucas peças de quebra-cabeça. Vivo procurando os relatos da separação de meus pais que nunca são confessados, mas sei que enquanto eu era gerado aconteciam os fatos. Nascido em meio ao erro, numa gestação difícil e complicada que quase levou a morte de minha e de minha mãe. Eu como sempre apressado nas coisas, tentei nascer de cinco meses, mas fui paciente, esperei até o oitavo mês.
E assim foi o nascimento, recheado de mentiras e segredos, segredos que entrariam até em feitiçaria e idolatria, coisas que para mim hoje não tem o menor sentido, para mim coisas tão banais.