domingo, 24 de junho de 2012

O Segredo do Fim



E, então, descobri, da pior maneira,
Que talvez cada um tenha o seu tempo;
Que todas as famílias terão sempre algum lamento
Quando alguém chegar na hora derradeira.

Como pode uma pessoa ser tirada de nós?
Como pode ser tirada assim de repente?
Indo para outro lado da vida e nos deixando a sós;
Fazendo nós encararmos isso de frente.

Talvez não seja a hora da pessoa ir;
Talvez nós queiramos que ela fique aqui,
Mas tudo tem seu tempo;
Todos têm seu tempo.

Tempo que pode durar um segundo;
Tempo que pode ser agora;
Que pode chegar a qualquer hora;
Tempo que nos deixa vazio o mundo.

Tudo tem seu tempo;
Todos têm seu tempo.
Pessoas são como bombas:
Uma hora elas explodem.

Mas, a explosão é o fim?
Ou seria apenas um começo?
O mundo nasceu de uma explosão assim.
Será que ao fim da vida pagaremos um preço?

Eis, que o maior mistério da vida seja o fim;
O fim que nos amedronta e corrói;
Que nos intimida e nos destrói;
E A agente fica sem saber resposta, enfim.

domingo, 17 de junho de 2012

As Desculpas de Um Ladrão



Seria justificável,
Um ato tão imundo?
Ou inexplicável,
O ato de um vagabundo?

Minha atitude não seria
De forma alguma injusta
Ou então não pensem que eu já teria
Me prostituído na Augusta

Os poemas eram de todos!
Não estava eu errado outrora
E uma vez que não havia acordos
Aproveitei para dar uma de Flora

Por psicopata me passei
Menti e enganei a todos
Todos acreditaram e adorei
Quem sabe um dia faça de novo

Não deixa me mentir meu coração
Por que nos estádios tem olas
Eu apenas exerci função de ladrão
Por que a idéia foi do Douglas

Espero que me amem da maneira que os amei
Eu apenas diria: “Esquece!”
Por que os poemas eu digitei
E passei tudo para um disquete

Queria que vocês me perdoassem
Pela minha brincadeira sem graça
Por que se o Mateus não digitasse
Seria uma imensa desgraça

Fiz isso para o bem de todos
Mateus, Caio, Gabrielle, Douglas e Gustavo
E se não receber perdão de todos
Seria como se a Rosa tivesse abandonado o Cravo

Espero pelo julgamento
Mesmo que pacientemente
Com um forte pensamento
De contentamento descontente

OBS:
Sei que o poema pode estar ambíguo
Isso é culpa do português
De vocês espero ser um grande amigo
A interpretação é por conta de vocês. 

Escrito por: Júlio Santos


O Chamar do Estranho



Enquanto eu passeava,
Alguém me chamou,
Gritava, gritava...
Eis que eu pensava: será que eu parava?

E a voz ecoa através do tempo,
O chamado vem através do vento,
Logo toca meus ouvidos,
E me hipnotiza com sua melodia árdua.

Logo vou de encontro ao chamado
Pisando em espinhos me sinto a andar
Talvez seja perigoso esse estranho isolado
Mas meu corpo se recusa a parar

Não sei por que algo que me é estranho, desconhecido me chama,
Pode ser um novo amor, uma oportunidade, ou até mesmo a infelicidade.
Mesmo que não o conheça, correrei o risco e irei ao seu encontro,
Não terei nada a perder nem a ganhar somente a revelar.

E ao cessar da voz
O chamado some veloz
Será ele a salvação?
Ou juras de maldição?

Eis que sempre vou lembrar,
Está póstuma memória sempre vai ficar.
Quem sabe um dia o verei de novo,
Pois lá no céu vai ser tudo novo.

Escrito por: Aline Oliva, Caio Brito, David Santana, Douglas Oliveira, Gabrielle Nardi, Gustavo Ribeiro, Júlio Santos e Mateus Popolizio.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

O Tamanho do Infinito




Então, eu abri os olhos e a vi,
Como se fosse um anjo parado ali;
Como um simples aceno ela me cumprimentou
E com esse simples gesto o meu mundo mudou.

Olhos brilhantes, bem brilhantes, ela tinha;
Eram como duas jabuticabas, ou era ilusão minha.
E a cada brincadeira, a cada besteira que eu dizia
Ela os fechava, abaixava a cabeça e sorria.

O seu sorriso, tão lindo e contagiante,
Capaz de fazer feliz até o mais bruto ignorante.
Tão doce, tão feminino e tão delicado,
Tentar descrevê-lo seria muito complicado.

Deixo para você formular em sua mente,
Seria aquela garota que você se encanta de repente.
Sem saber o porquê, e sem procurar entender,
Melhor voltar ao poema, antes que comece a me perder.

Então, cheguei perto dela e sua mão eu segurei;
Era uma mão macia e segura,
Não queria mais soltá-la a essa altura,
Mas se a amo de verdade, não posso prendê-la, imaginei.

Mas, como pode uma menina tão delicada,
Ser tão forte, tão simples e tão dedicada?
Faz de seus obstáculos incentivos para seus sonhos buscar;
Enquanto muitas não querem nada, ela tem um objetivo: estudar.

Então, eu a fiz uma promessa, prometi nunca a deixar;
Prometi que estarei sempre ao seu lado para ajudar.
Disse a ela que nos meus ombros ela poderia chorar
E que com o meu eterno carinho ela poderia contar.

Então ela sorriu mais uma vez
E em meio a esse sorriso, uma pergunta ela me fez:
“Você gosta de mim tanto assim?”
Fui simples e objetivo, sorrindo, respondi:  - SIM!

Gosto de você do tamanho do infinito.
Ela então me perguntou: - É muito grande isso?
É um lugar imenso, que eu sou incapaz de abraçar,
Mas não ligo, pois é com você que meus braços querem estar.

Acho que nenhuma outra frase definiria aquilo tão bem;
Como se fosse um estralo que na cabeça nos vem.
O que sei é que quando ela está ao meu lado de nada preciso,
Sinto-me feliz, alegre, completo e só quero o seu sorriso.

sábado, 9 de junho de 2012

Fuga de Identidade



Eu queria ser João
Para poder morar no Japão.
Viveria plantando algodão,
E não precisaria catar nenhum grão

Eu queria ser José,
Pois assim poderia andar a pé.
Sentiria meu solado tocar na terra,
E saberia o que de mim ela espera.

Eu queria der Maria
Para comer os doces de sua tia,
Ignorar todas as tradições
E correr o mundo atrás de emoções.

Mas, não sou ninguém.
Sou Toninho, que anda pra lá e pra cá de trem.
Come frutas por ai,
Esperando que alguém passe aqui.

Mas, eu também queria ser Oswaldo,
Para poder falar bem alto,
Ter um grande respaldo
E estar sempre preparado.

Eu queria ser Pedro,
Para estar sempre bêbado,
Aproveitar toda a madrugada
E não me preocupar com nada.

Queria ser Josefina também,
Assim, eu não andaria de trem.
Pegaria carona com os rapazes
E não viveria nenhum impasse.

Mas, se eu fosse Carlos,
Ficaria a olhar o voo dos pássaros.
Ouviria o canto deles aos montes,
Enquanto admiraria o horizonte.

Mas, não sou ninguém.
Sou Toninho, que anda pra lá e pra cá de trem.
Come frutas por ai,
Esperando que alguém passe aqui.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Aquela Mulher




Aquela mulher que está a vir
Não é minha vizinha, não mora aqui.
Não é minha musa e não tem um lindo riso.
Não tem formosura e nem cabelo liso.

Suas mãos não são macias como as de uma donzela,
E nem tem linda aparência como a Cinderela.
Não é de se deixar levar como outras mulheres
E vive a pensar o que realmente elas querem.

Aquela mulher não tem nenhum amante,
Não sabem o que é ser uma mulher elegante.
Sua alma são os filhos que ela carrega nos braços
E luta para dar-lhes um futuro com diferentes traços.

Por alguns ela pode ser considerada feia,
Mas mal sabem eles o que ela pleiteia.
Um pouco de paz, uma vida honesta, um lugar para morar.
E se algo lhe dói, ela se põe a chorar.

Aquela mulher a noite sonha com um final feliz.
Com um lugar lindo e tranquilo, como ela sempre quis.
Sonha poder saber que terá uma vida melhor amanhã
E que seus sonhos serão verdades com dizia a sua irmã.

Aquela mulher que carrega um sorriso pardo no rosto,
Também tem seus bons e maus gostos.
Não é melhor e nem pior que as outras,
E sabe encarar a vida como poucas.

Aquela mulher, que você sabe que existe,
Talvez tenha, ou não, uma aparecia triste.
Talvez viva, ou não, em um deserto de ilusões.
Porém, consegue fazer da sua mente um baú de emoções.

Talvez ela não tenha um sapato de cristal;
Talvez ela tenha cabelos longos de Rapunzel;
E talvez nunca apareça o seu príncipe encantado,
Mas ela mantém a fé e a esperança ao seu lado.

domingo, 3 de junho de 2012

No Embalo Das Águas



Eleitores e eleitoras desse Brasil imenso! Venho com grande indignação até vocês para falar sobre um assunto muito complicado, muito discutido, comentado ao longo dessas semanas e que tem assustado indignado todos nós. Essa CPI sobre esse tal de Cachoeira, mas que ridícula! Todo mundo sabe que isso é uma palhaçada! Como pode tanta gente estar envolvida nessa novela ridícula que mancha a política desse país? É muito ruim bom que isso tenha vindo à tona agora, ano de eleição, para que nós possamos avaliar os nossos candidatos que se dizem aptos para adquirir nossa confiança.

Eu, por exemplo, disputarei esse ano a Prefeitura de São Paulo e me sinto orgulhoso por isso, pois foram muitos anos trabalhando a serviço da população paulistana. Trabalhei ferozmente para dar um transporte digno e confortável ao povo dessa cidade. Orgulho-me também de fazer parte de obras que cada vez mais vêm mostrando que essa cidade está em um processo de desenvolvimento coletivo, justificado, como se pode ver, pela construção do futuro estádio que abrirá a copa de 2012, aqui no Brasil. Um estádio que está sendo construído com muito suor de todos nós e fora dentro do orçamento previsto e sem dinheiro de ninguém.

Gostaria de deixar bem claro e enfatizar o fato de nenhum político do nosso partido estar envolvido de maneira direta ou indireta nessa CPI do Cachoeira. Isso só demonstra que todos que compõem a nossa equipe são pessoas idôneas e com ficha mais limpa que as ruas de São Paulo e que querem fazer dela uma cidade cada vez melhor, e para isso nós contaremos com a ajuda de vocês no dia da votação, caros cidadãos dessa cidade linda, terra da garoa, das greves, e de tanta gente exemplar.
Bom, então é isso, eleitores e eleitores de São Paulo e desse Brasilzão! Fiquem com Deus e uma boa noite a todos. Agora voltarei a organizar nossa campanha por uma São Paulo melhor junto com minha equipe, pois o meu celular já está tocando e a todo vapor. Tenham uma ótima noite e deixem que nós cuidemos da cidade para você.

Atenciosamente, 
Francisco de França ( Candidato do PSN - Partido Sem Noção )

Alô! Fala, Demóstenes! Tudo bem com você, camarada?
Alô, Demóstenes? Tá me escutando?
Demóstenes, você está ai? Fala alguma coisa cara!
Nossa, estranho, tá mudo...

sábado, 2 de junho de 2012

Transito de Almas



O relógio gira silencioso e continuo. 
Sempre passa, ao tocar dos sinos.
Tic e TAC, passa sem se ver.
Passa hora, hora passa, você vai envelhecer.

Toca o celular, hora de levantar
Se um minuto, se ele atrasa, você vai...atrasar
Seu relógio quebrou? Problema seu!
Se relógio quebrou? A hora você perdeu.

Escravo do tempo eu vou me tornando
Olha o relógio, o tempo tá passando.
Mas, olha para frente porque vais andar,
Não fica de bobeira, começa a acelerar!

Se algo parar, que seja o tempo.
Se eu acelerar, talvez dê tempo.
Tempo pra que? Eu não quero mais isso!
Tempo pra que? O mundo é um hospício!

Chega de escrever, chegar de falar,
Se não nunca vai dar tempo.
Você fala demais, pergunta demais, enrola demais.
 Andar e escrever ao mesmo tempo, você é capaz?


Pronto, está feito, não conseguiu, não.
O tempo passa, a vida segue, os amigos se vão.
E você, onde estava? O Pedro morreu!
Ah, não deu tempo! Você se arrependeu.

E o sol se vai para longe, amanhã ele volta.
Mais um para as estatísticas da pressa.
Era motoboy? Ciclista? Pedestre? Ah, não importa!
Isso tudo, esse povo, só me estressa!