Robson era um garoto que adorava jogos. Apesar de gostar dos jogos modernos ele era também bem saudosista, gostava tanto daqueles jogos coloridos infantis como Donkey Kong Country assim como de jogos mais violentos como God of War. Ele era um garoto simples que gostava de ficar jogando e sentia o maior prazer em fazê-lo. No entanto, Robson sabia que devia conhecer mais o mundo e então decidiu sair com seu amigo Anderson em uma noite para conhecer o que acontecia e no que as pessoas se divertiam. Robson sabia que apesar do Anderson gostar de jogos, já havia se divertido bastante nesse mundo, até então, oculto para Robson.
Robson decidiu então esperar seu velho amigo perto do local onde passariam a noite indo a priori na livraria ver alguns livros que estava em grande interesse e, como algo lógico, passou naquela lojinha de jogos e de livros/revistas com quadrinhos. Até então Anderson não poderia chegar cedo devido algumas atividade, mas Robson não queria ficar em casa, por isso foi mais cedo ver diversas coisas, esperou procurando (e achando que estava adquirindo) algum tipo de cultura, em diversos livros de fotografia de diversos temas desde filmes a historias de seu povo, livros de filosofia, sociologia e outros estudos interessantes. Enfim Anderson chegou e ambos foram jantar, assim como tradicionalmente faziam, prometiam um ao que no próximo encontro comeriam algo saudável, mas sempre ficava para o próximo encontro.
Depois de alimentarem, ambos foram para o destino até então planejado por Anderson e uma surpresa para Robson que não sabia que seria esse o dia em que finalmente iria para o que não esperava. Mas antes de começar a ir Robson viu algo diferente no bolso da camisa de Anderson, algo que não tinha visto até então, mesmo conhecendo-o a anos, o que estranhou bastante, apesar de imaginar que era de um outro amigo.
E assim começaram a descer para encontrar com outros amigos, aquela descida parecia não só uma descida normal de rua, mas para Robson parecia uma descida da moralidade, algo fora de realidade, enquanto em cima via pessoas de vestes formais, enquanto descia via pessoas de todos os tipos e classes sociais, do rico ao mendigo, do mal ao bem vestido, no da moda e o de fora, nos rappers aos roqueiros, em suma uma verdadeira mistura de classes e estilos. Depois de uma longa descida, Robson e Anderson encontraram com seus amigos, o quais começaram a beber. Daí para frente Robson percebia e imaginava que saia de seu mero mundo de fantasias para um mundo real que não conhecia e não entendia, já que vivia bem diferente e agia diferente dos outros, não bebia, não fumava, não andava na promiscuidade e, apesar de desejar, não conseguia se inteirar, seu corpo travava, não permitia consumir aquelas coisas e sua mente simplesmente lembrava daqueles jogos coloridos e do tempo em que Robson e Anderson jogavam e brincavam juntos com toda a inocência de uma criança. Quando souberam que era primeira noite fora do Robson queriam fazer um ritual, quase algo de iniciação normal, mas posteriormente.
Após algum tempo de bebidas e conversas perniciosas decidiram continuar a descia, sim daquela rua que parece não ter fim, Robson teve até a sensação de ter visto o inferno passar. Como um ritual de inicialização queriam ir na em um lugar onde Robson aprenderia sobre a vida e Robson esperou eles ficarem bêbados para enfim esquecer dessa insanidade; mas, mudaram de ideia e foram para um lugar simples onde mais e mais bebiam onde tocaram muitas músicas as quais Robson nem sequer lembrava. Logo procuraram meninas para ficar, todavia um dos amigos de Robson não conseguiu se relacionar, pois amor não deixou, sim, uma menina nos sonhos e nos pensamentos se instalou e impediu dele agir.
No meio da madrugada, o grupo decidiu ir comer em uma loja conhecida. Então começava a procissão da subida, Robson observava as pessoas ao redor, alguns sendo carregados, alguns mal conseguindo andar, outros sendo desafiados na bebida e outros enganando que estavam bebendo, até mesmo Robson desconfiava de algumas pessoas que pareciam meio a meio, enquanto caminhavam somente ele observava estas coisas, já que para o resto do grupo isso fosse normal. Ao chegar na loja comeram e alguns cansados foram embora, já outros continuaram. Subiram os poucos que restaram, mas por não encontrar nada demais voltaram a descer um pouco e ficaram em um bar randomico do qual fizeram amigos randomicos que conversavam sobre diversos assuntos normais (se é que a normalidade estava ali) como música e cultura geral. Conversaram e zuavam bastante aquele momento e por um momento parecia que se conheciam a anos. No fim de tudo todos se cansaram, se despediram e foram todos embora, cada um para o seu lugar em cada ponto da cidade, parecia como as esferas dos dragão depois de fazerem o pedido a Shenlong se separando.
Enquanto ia embora, Robson refletia tudo o que tinha acontecido, lembrava de diversas coisas e entendia que ele não era desse mundo ou não fazia parte dele, para ele era como se tivessem jogado ele no meio do mar e daquele oxigênio não respirasse ou se adaptasse naquele lugar. Viu diversas pessoas bebendo e fumando, até mesmo aquilo que tinha visto no bolso de Anderson que estava quase ao fim era uma realidade, quase um maço se foi e Robson não reconhecia por inteiro o seu amigo. Robson se sentia como se não tivesse acompanhado a evolução das pessoas e até mesmo parado no tempo, mas o engraçado para ele é que ao mesmo tempo que se sentia parado no tempo, seus amigos de uma forma sutil protegiam ele de fazê-lo como se fosse um caminho do qual não quissem ir e não gostariam que acompanhassem, Robson achava isso estranho, não entendia o porquê, só que sabia que algo no fundo falava mais do que as ações deles. Tudo se acabou, o amanhecer começou e ao chegar em casa estavam todos acordados, mas Robson foi dormir e descansar para a vida continuar.
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