quarta-feira, 26 de setembro de 2018

O peregrino da cidade.

     O peregrino em meio a cidade que anda mecanicamente o seu caminho. Cabisbaixo, calado, controlado pela manhã, sem nada de novo perceber, sem ao menos ali se ver. Com ideias e sons controlados, imaginando um dia diferente daqueles que já tanto viveu, mas seguindo um rumo tanto antes vivido.
     Quem sabe um dia esse peregrino aprenda a contar os dias que valeram a pena ou mesmo olhar algo novo no redor que tanto já passou. Quem sabe um dia sinta um aroma diferente ou mesmo veja uma nova paixão.  Andando como sempre, todos os dias, não vai perceber algo diferente. O peregrino sempre está no seu caminho, sabe que horas chegar e que horas voltar, dificilmente está a desviar da rotina que está novamente a andar.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Miragem

A bela miragem que brilha no olhar
Dos jovens que buscam desejar
Amar sem nunca contestar
Indiferentes ao que sentem.

Vivem na dor sem amor,
Sofrendo sem nem saber,
Para apenas dizer que é fogo...
Apagado em si próprios.

Entendem o que sentem
Ignoram a grande realidade
De não serem amados
E poder sair dessa situação.

Mas é possível se desapegar
Deixar de a si mesmo se enganar
E a vida ainda continuar
Sorrindo sem nunca parar.

A vida está aí para sempre continuar
A bela miragem, um dia vai passar,
Amadurecidos todos ficam,
Após essa ilusão se dissipar.

sábado, 21 de julho de 2018

O jovem

Aquele formoso jovem
Que encantava os olhos,
Pela sua beleza e sorriso
Que encantavam até o paraíso.

Por tanto tempo ele encantou,
Os ouvidos daqueles que falou,
Caminhando para uma bela história
Que gostaria que não acabasse.

Tudo parecia que ia dar certo,
Acreditavam que estariam por perto
E jamais teriam mudanças
Que os levariam para o fim...

Nem mesmo os espíritos quiseram,
Nem mesmo a vida permitiu
Todos se irritaram e questionaram
Na história que se seguiu.

Diante de todas as coisas,
O que de fato aconteceu?
Ninguém sabe dizer
Ou mesmo quer saber!

No tocante de todas as coisas
Aquele jovem encatador
Nada dele mudou ou espaireceu
De certo, o orgulho que bateu.

O amor ainda permanecia
Sabia que nada se esquecia.
Tudo estaria como foi deixado
Mesmo quando tudo tinha acabado.

No fim, aquele sorriso encatador
A mente foi a única que gravou,
Dos maravilhosos sentimentos
Que serão guardados para sempre.

domingo, 1 de abril de 2018

O prisioneiro

De repente volta-se ao mesmo
O mesmo prisioneiro dos antigos sonhos,
Como se nada tivesse mudado em tanto tempo
Apesar de toda mudança que se teve.

Liberto estava de tantas insanidades,
De tantas correntes que prendiam a mente
Que me faziam detento da realidade
Que não passava de uma grande mentira.

Mas por que acreditar em uma grande mentira?
É o que sempre se pergunta...
Como se tudo fosse fácil de libertar
E estar satisfeito com todas as coisas.

No fim, volto a ser o mero priseineiro
Com a liberdade limitada...
Pelos próprios pensamentos e irrealidades,
Sim, das mentiras que foram consideradas verdades.