quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Detendo da mente



O olhar sangrento            
De um detento
Das raivas que sente,
Raiva que nada mente.

Raiva escondida em sua mente,
Raiva que não desmente
Das tristezas e angústia que passou
E que jamais o deixou.

Precisava mudar,
Para sua vida transformar,
Mas tinha medo de deixar,
Sim, deixar de se lembrar.
                                            
Mudar e esquecer quem era,
Achava que queriam domar a fera
Para não mais lutar,        
Não mais se dedicar

E assim o silêncio tomar
E apenas mais um virar.
Vivendo sem causa,
Vivendo uma vida rasa.

História a acontecer

O coração amortecido,
Vencido pela razão,
Pelo tempo esquecido
Batendo sem emoção.

A razão tentava resolver,
Teorizar a solução,
Para não mais ver
As feridas do coração.

Mas enganado pela razão
Que tentava se convencer
Quando teve uma bela visão
Que não pode deter.

Deixou se levar
Para o coração concretizar
Se o coração ia amar
Ou apenas desejar.

O coração receoso,
Por medo ser enganado,
Foi extremamente cauteloso
Antes de deixa-lo ser levado.

E assim a história nos deixou
Sem ao menos saber
Já que o tempo não contou
O que está a acontecer.

O sonho e o desejo


Do céu profundo, o intenso paraíso,
Ao inferno astuto do puro abismo
Meus sentimentos e vontades se apresentam
De profundos desejos...

De sonhos vividos e desacreditados,
Dos encontros inesperados
Que pareciam coisas do céu
Mas me fez ir para inferno.

Inferno de pensamentos,
Inferno de sentimentos
Que não aparentam em mim
Que se esconde no fundo dos meus olhos.

Os meus sonhos são o céu que quero sonhar,
Mas meus desejos são o inferno que estão a me trancar.
Apesar do desejo trazer a vontade de sonhar
E sonhar trazer o desejo intenso.

Não posso viver livre dessas vontades
Posso apenas conviver com eles
E lutar por um equilíbrio
Que jamais existirá.