O mundo é tão imenso, tão cheio de lugares que já foram descobertos e tantos outros que ainda são estranhos aos nossos olhos que a sensação de estar perdido ou não saber bem onde é o seu lugar nesse universo todo, a primeira vista, parece ser algo completamente sem nexo. Apesar disso, aposto que todos já tiveram ou enfrentaram uma vez na vida esse sentimento de se sentir deslocado em meio a tudo; uma sensação de não saber bem qual o seu verdadeiro papel nisso tudo. Um mundo gigantesco onde vivem bilhões de pessoas que correm freneticamente.
Será que tudo se resume a trabalhar e estudar?
Existe algo além da rotina?
Qual a razão da sua existência?
Existe algo maior reservado para cada um de nós?
Perguntas como essas
fazem com que nossos neurônios entrem em conflito com nossos sentimentos. Razão
e intuição nunca compartilharam entre si uma afinidade muito grande e dividiram
ao longo da história adeptos e opositores, poucos são o que conseguiram em seu raciocínio
conciliar ambas vertentes em um mesmo pensamento embora ambas busquem as
respostas para diversas questões humanas e existenciais, como as citadas acima.
O escritor Stephen King, conhecido por histórias adaptadas
para o cinema como À Espera de Um Milagre e Um Sonho de Liberdade, é autor
também de um conjunto de sete livros, uma saga, com o título de A Torre Negra.
Os livros contam a trajetória de Roland, um pistoleiro, que busca
incansavelmente uma torre que ele viu em um sonho. Essa é a missão de Roland, encontrar
a torre e ela se torna a razão pela qual ele acorda todos os dias e pelo qual
ele encontra forças para seguir sua caminhada, mas serve muito bem como uma
analogia para o que todos nós buscamos.
Todos nós estamos à
procura da nossa própria torre negra, uma razão para continuarmos, que parece
um tanto sem sentido se descobríssemos que no final dela não há nada. Muitas
pessoas lutam por uma vida melhor; outras lutam porque querem se tornar pessoas
melhores; alguns abraçam causas sociais e a comunidade, existem aqueles que
lutam pelos direitos das minorias. Mas e você? Pelo que você realmente luta?
Qual o seu objetivo final? Em que você acredita?
Um homem precisa de algo para lutar, porque se não houver
nada, então, por que lutamos? Por que seguirmos se lá na frente só há mais e
mais desertos iguais aos daqui. Não há sentido.
A procura por esse sentido; por esse motivo é árdua e muitas vezes perturbadora;
na verdade, descobrir isso é uma das mais difíceis batalhas internas que enfrentamos.
Não é a toa que dizem que nosso pior inimigo somos nós mesmos.
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