quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A joaninha

Uma joaninha no quarto entrou,
Formosa ela logo se mostrou.
Mas por que ela tinha que entrar?
Bem na hora que estou a jogar?

Com tantos lugar para voar,
Em minha cara ela quis ficar.
Voava bem na minha frente.
Já tinha matado, na minha mente.

Enfim ela parou de voar,
Acho que ela quis sossegar.
Pensei em uma forma de capturar
Para enfim dela me livrar.

Logo a peguei,
Abri a janela e joguei.
Percebi que ela não voou
E acho que no chão ela esborrachou.

Fiquei a pensar
Por que raios ela não quis voar?
Tanto que me atrapalhou
E ajudá-la não salvou.

Com tanto espaço no mundo para voar
Na minha frente ela quis ficar.
Só porque meu jogo não dá para pausar
Ou era só para me irritar?

Enfim dela eu me livrei
Acho que nunca mais a verei
Já que ela se foi
Morrendo ou voando para o céu ela foi.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Fragmentos


Segurei o vento com minha mão
Mas ele não ficou parado
Perdeu-se no meio da multidão
Deixando o meu olhar desolado.

Lá no morro dos milagres
Ninguém morre de doença
Dona Rita Dos Vinagres
Anda com um pano branco na cabeça.

Na rua onde moro
Os vizinhos não sabem de nada
Quando os ‘homi’ vão embora
Os excluídos dão risada.

Meu amigo tem uma casa
Ela tem varias luzes de natal
Na minha, o velhinho não passa
Acho que sou um menino mau.

O coração parado na esquina vê o carro passar
- Por que está ai parado, Coração?
Branco, preto, amarelo, azul. . .um carro vai parar.
- E o Coração responde: - Tive que me virar.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Chuva de Verão

Tão rápida,
Tão passageira.
Assim como minhas emoções
Em diversas situações.

Vem depressa
E assim se vai.
Mal posso vê-la,
As vezes mal posso senti-la.

Assim é a chuva de verão
Em situações para refrescar,
Em outras só para esquentar,
E muitas vezes só para molhar.

Seu cheiro a revela,
Seu barulho entrega,
Sua presença agrada
Seu sentir refresca.

Espero que não se vá
Tão rápido e escondido.
Espero que fique,
Fique aqui comigo.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Cemitério das Palavras


Hoje, perdi-me nas palavras que não escrevi ontem. Aquelas que brotaram na minha mente enquanto pensava na roda gigante da vida: ora lá em cima, ora aqui em baixo. Aquelas que me fugiram da cabeça quando comecei a pensar no mundo da matéria; no mundo dos concretos e da realidade.

Hoje, não tenho mais as mesmas palavras que tinha ontem. São outras. E essas outras não expressam minha dor, apenas a atenuam; mas quem disse que quero atenua-la? Quero bota-la para fora como se fosse o suor do meu rosto que escorre polegar por polegar até repousar no chão. Para assim, poder voltar ao mundo do subjetivo, lugar perfeito para ficar.

Mas, hoje, as palavras das quais preciso estão mortas. No cemitério das palavras, mais conhecido como minha mente e sepultadas a sete palmos de terra pelo pior coveiro que existe: o meu coração.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Brisa Refrescante

Brisa refrescante
Refrigera a minha mente.
Brisa refrescante
Faça-me sorrir novamente.

Brisa suave e leve
Venha me refrescar.
Brisa suave e leve
Por mim vai passar.

Brisa suave
Me põe a pensar.
Brisa suave
Sossegado vou ficar.

domingo, 18 de novembro de 2012

Ideal

Gosto de sonhar,
Gosto de imaginar...
De fugir do real....
Algo para mim leal.

Imaginar as coisas perfeitas
Como as coisas deviam ser feitas.
De um lugar ideal...
No irreal.

De ver as pessoas
Não só como pessoas,
Mas com qualidades
Inerente a suas idades.

Quem sabe mais honestas;
Quem sabe mais leais;
Quem sabe menos corruptíveis;
Quem sabe menos odiosas.

Vivo sonhando...
Vivo imaginando...
Assim como uma criança,
O qual, nunca acaba a esperança.

Sonho nos ideais
Para transforma-las em reais.
Essa é a minha esperança,
Esperança que não se cansa.


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Recomeço

Em muitos momentos
O começo é incerto,
Em vários momentos
O começo não é certo.

Comecei algo que muito amei
Logo, me dediquei.
Procurei fazer o melhor que pude.
Sonhos eu despertei.
Era uma arte,
Uma aprendizagem,
Algo para guardar
Para toda vida.

Mas outros começos vieram,
E nem sempre para o bem.
Atrapalharam o máximo que puderam
Dos meus sonhos me despertaram.

Com o tempo foi ficando chato,
Como se não houvesse mais graça.
Para longe me levaram
Daquilo que amei.

Aos poucos fui me afastando,
Afastando de um sonho.
Aquilo que tanto tinha sonhado
Não parecia mais que um sonho.

Mas tudo ira recomeçar,
Assim poderei voltar a sonhar.
Espero poder o máximo me empenhar
Para que desse sonho não tenha mais que acordar.