segunda-feira, 23 de julho de 2012

Soneto de Lembrança



Na minha mente vazia mil pensamentos vêm a passar;
Passam rios de lembranças para recordar.
Se a tarde é calma algo vem me distanciar;
E se a chuva no teto bate tão logo vou despertar.

Durante a noite fechei os olhos e comecei a lembrar,
Lembrar das coisas mais simples que há;
Lembrei que cheguei e você já estava lá;
E que um sorriso seu eu adoro roubar;

Era tudo tão real que você parecia realmente me olhar,
Como se a lembrança na mente não fosse do meu imaginar,
Mas a mente não cria, apenas lembra o que se pôs a passar.

E se tudo aquilo já aconteceu perante aquele luar,
Espero que essas lembranças sirvam de pólvora para te esperar,
Pois elas me deram uma vontade imensa de te abraçar.

O Roteirista


O roteirista estava em busca de uma inspiração
Enquanto esperava o seu irmão.
Esperava-o no terminal,
Talvez comece sua história final.

Milhares de coisas passavam em sua mente
Parecia muitas vezes um demente.
Ficava olhando o seu reflexo na tinta azul
Observava se o ônibus ia para o sul.

Via pessoas correndo de um lado para outro
Atrasadas, talvez, para o encontro,
Pensava em umas estórias
Mal sabia que criava sua história.

Olhava e observava aquele dia
Percebia que nada se media
Todas as coisas pareciam sem valor
Talvez finalmente conhecesse o amor.

Encontrava finalmente
O que só criava em sua mente.
Em todas suas criações,
Nunca colocava suas emoções.

Talvez isso lhe faltasse
Uma mulher em que amasse.
Uma história que não se criava
Simplesmente vivenciava.

Vivenciou um bom momento
Algo fora do seu intento.
Mas lhe faltou um pouco de ação
Para a perfeição de sua não criação.

Vivenciou uma história
O qual ficava em sua memória.
Mas tinha que ir embora,
Talvez não fosse a hora...

Enquanto buscava inspiração
Entendeu que faltava emoção,
Talvez um pouco de ação
Ou até a compreenção.

Lembrava do seu reflexo na tinta azul
Olhava para o céu azul.
Sabia que essa história
Não teria o final esperado.

domingo, 15 de julho de 2012

Soneto Paulista



São Paulo, és tu a cidade mais linda,
É a cidade mais querida e mais odiada
É a cidade da vinda e da ida;
Do aconchego e da noitada.

Seu centro é tão belo, simples e temido;
O que o enfeia ou critica não tem culpa;
Não sabe dar um sorriso sem ser deprimido;
Não sabe realmente que ali um coração ocupa.

Se a escuridão ou o vento me bate;
Acolho-me em seus braços como um mero mortal.
Escuto aquilo que de melhor me vale;

Palavras doces em meio ao barulho infernal;
Tudo isso para que uma hora eu me canse e pare;
Para dizer a mim mesmo: Sou Paulista, isso é normal. 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Saudade

Em certos momentos
Me ponho a pensar,
Em alguns momentos,
Vejo a saudade passar.

Lembraças corrosivas
Encheram meus pensamentos,
Corroem tudo o que há dentro de mim,
Corroem o meu peito.

Momentos tão marcantes ficam,
Lembranças inesquecíveis.
O simples fato de lembrar
Me dá saudade de voltar lá.

Gostaria que o tempo parasse
E por lá eu ficasse.
Mas tenho que prosseguir,
Mais momentos vão sugir!

sábado, 7 de julho de 2012

O tempo


O tempo corre e demora,
Depende muito da hora,
Às vezes como aliado,
Às vezes como inimigo.

Ela sempre me deixa na história,
Com lembranças que não passam com a hora.
Não posso apenas ser um detento
Nos pensamentos que ficam com o tempo.

Há momentos que o tempo
Não me da tempo,
Anda, corre e até voa
Nunca quando estou atoa.

Sempre no momento em que estou ocupado
Só para me deixar mais preocupado.
Me pergunto: Por que o tempo não voa
Quando estou atoa?

Há momentos em que o tempo demora
Parece que não passa a hora,
Fico desesperado ao esperar
Quando o tempo não quer passar.

Quando se espera algo muito ansioso
O tempo se mostra tão formoso,
Se exibi e demora a passar
Angustiando quem esta a esperar.

Há pessoas que pararam no tempo,
Ficaram de si mesmas um detento.
Não mais evoluem
Apenas as rugas se incluem.

Presos em seus pensares,
Perdidos por seus amores,
Excluídos da evolução
Que grande depravação.

O tempo não volta.
Para muitos cria à revolta.
Arraigados pelos seus arrependimentos,
Pensares tristes em aparecimento.

Atos pensados e mudados,
Para muitos a solução.
Pena que é tarde demais
Só resta a reflexão.

O tempo não volta.
Para muitos a solução.
Tristezas e traumas
Para longe de seu coração.

Fica a história...
Do que não fazer,
Mas a história sempre volta
Nem sempre para me satisfazer.

Há pessoas que não dão tempo
Para o próprio tempo.
Não esperam que as coisas aconteçam
No seu devido momento.

Atropelam a si próprios
E até os próprios amigos.
Estragam conquistas
E até amizades.

O tempo é minha história
De lutas e de vitórias.
Nem sempre como vencedor,
Mas, sim, como um grande competidor.

Algumas vitórias
Ficaram na minha memória,
Nunca mais esqueci
Desse tempo que sorri!