terça-feira, 8 de junho de 2021

A humildade do simplista

Das antigas palavras doces e suaves,

Das atuais angústias e amarguras,

Vividas diante dos mais diversos contrates

Nos difíceis dias de grande conjectura.


Como posso me defender sem ofender?

Como posso ser honesto com tanta amargura?

Seria os tempo difíceis de se conviver?

Ou apenas corações presos nessa ditadura?


Assim se manifesta a pequenez em cada pessoa,

Tentando aos poucos sobreviver em sua humildade.

Não há palavra que reverbera ou soa

Na sua cansada e grande simplicidade.


Difíceis são os tempos que tentam sobreviver

Das mais diversas e variadas acusações,  

Não há nada, de verdade, que possam se proteger

Nem mesmo a chama em seus próprios corações.


E o grande e simplista, humilde em seu labor

Com sua alma despedaçada e enfraquecida

Transporta as dificuldades do seu amor

Nesse caminho que parece uma grande descida.


Até quando vamos apenas continuar nessa descida?

E, cada vez mais longe, dos céus ficar?

Não há alma que aguente e não fique desfalecida

E, ao longe, suas almas começam a clamar.


No fim de tudo, espera-se uma revolução,

Mas sabe-se que as angústias vividas por alguns

Outros desse mundo não terão noção,

Apenas despedaçam mais um coração.