Apenas mais uma pessoa?

Eles nunca o conheceram de verdade
Jamais entenderam as suas necessidades
Deixaram ir sem nem ao menos despedir
Seguir um caminho que jamais vai seguir.

Arriscado? Sim, fazendo a coisa certa.
Questionado? Até por ele mesmo...
Ninguém sabe o que pode vir
Nem mesmo ele nas próprias previsões.

O que poderíamos ter feito?
Se os próprios pensamentos o levaram.
Fizeram arriscar a um próprio objetivo,
Não deixar a vida o estagnar.

Quem sabe um dia alguém o conheça
E, nele faça toda a diferença,
Diferença daqueles que nem os entendidos
Puderam discernir no breve período.

Assim ele se foi sem nunca conhecer
Poucas pessoas o entenderam
As razões e os motivos que o fizeram ir
Me questiona se não o deveria também fazer.

O medíocre.

O covarde que sempre vive no medo
Está sempre gritando, está sempre assustado,
Denunciando todos os seus receios
Da zona de conforto que não quer deixar.

Ele sabe que vai viver uma vida mediocre
Sem nunca construir ou vivenciar
O crescimento do próprio ser
Ou até mesmo do seu trabalho se orgulhar.

É esse o covarde que está sempre fugindo
Não tentando nunca se orgulhar,
Satisfeito com a vida medíocre que tem
Sem nenhuma obra poder se impressionar.

     Ele jamais pode conter toda a saudade que escondia no seu coração mesmo depois dos telefonemas, mesmo depois de olhar as fotos e até mesmo de se encontrar. Jamais poderia imaginar que não esqueceria daquele olhar, daquele sorriso, daquele tempo que estiveram juntos. Quem imaginaria que ele não perceberia que pequenas cenas seriam inesquecíveis... um sorriso, um olhar, palavras sem sentido soltas em qualquer lugar.
     E assim, em pleno silêncio, aprenderá o real significado de saudade, sentimento que tentava conter, sentimento que não tentava expressar...

Uma nova rosa a nascer
O que será que ela dará?
Qual alimento a fará crescer?
Qual sentimento aguçará?

A rosa da tristeza
Que cresce sem nunca parar
Vindo da profunda frieza
De fatos que há de enfrentar.

A rosa da calma
Tranquila e sempre serena,
Crescendo no fundo da alma
Fazendo a vida mais amena.

A rosa da dor
Espinhenta e dolorida
Sentida no frio ou no calor
A todos cria uma ferida.

A rosa da felicidade
Das alegrias a se desejar
Nasce em qualquer idade
Sempre a festejar.

A rosa da mágoa
De acreditar em verdades
Ou engolir algumas realidades
De pessoas que sempre estão a maltratar.

A rosa do amor
Que mesmo com espinhos
Linda há de se tornar
Importantes momentos se fará.

A rosa surpresa...

Vinda sem saber;

Vinda sem dizer;

O que será que ela será?

O importante é sempre plantar

Mesmo sem imaginar

Ou mesmo sem planejar

Mas sempre aprender...

Aprender o que a rosa nos fará.

Uma nova estrela a brilhar

Entre a alegria e a tristeza
A situação em que estamos,
Isso para contornar toda dureza
Que o coração tomou.

Espero que seja alterado
Essa condição que estamos,
Apenas o tempo anortecerá
As feridas que jamais curará.

Isso também não impedirá
De sempre recordar
As alegrias que tivemos
Os sorrisos que sempre tivemos.

A tristeza que tenho
E a que morte levou
Quem não devia levar
E a saudade já está a encostar.

E aquele triste vento
Que sempre faz as árvores chacoalhar
Ouvirei novamente
E a tristeza virá me lembrar.

Uma busca

Em busca de uma coisa
Que saciará toda a minha vontade
E que apenas deixará saudade
Quando dessa vida não mais participar

O dia que eu encontrar
Talvez não deixe mais escapar
Mas a liberdade o deixarei
E, sim, ao seu lado estarei.

Esse serei eu ao acordar
E também ao sonhar
Em uma pessoa que vai encontrar
Aquilo que está a tempos a procurar.

Um sonho em particular.

O desejo de um corpo,
Levado em um sonho,
Conduzido pelo subconsciente,
Jogando contra suas fraquezas.

Esse sonho era real
Sabendo que errado estava.
A ilusão que eu mesmo criava
Realmente me consumia.

Diferente de outras fantasias,
Criadas enquanto indefeso,
Não esqueci ao acordar
Mostrando os meus intentos.

Racionalidade tentou reagir
Enquanto a ilusão me atacava,
Mas indefeso estava,
Meu ponto fraco estava a atingir.

O que queria me dizer?
Foi a grande questão!
Por que atacou meu ponto fraco?
Me deixando sem reação...

Os meus desejos me atacou,
Até minha honra esteve a ferir...
Talvez seja algo que deva ouvir
Ou foi somente algo para sentir.

Esse acontecimento me mexeria;
Contudo, minha vida não mudaria,
Apenas me colocou a pensar
Já que o passado... eu não posso mudar.

O sonho de nunca deixar de sonhar

O sonhador tem o seus delírios

Para fugir dessa realidade

Com todos os seus raciocínios,

Lutando contra a calamidade.

Em seus diversos sonhos,

Vive uma linda sociedade,

Vivendo vários períodos,

Na igualdade da sua maturidade.

Há momentos específicos

Para a sua vida crescer

E, seus sentimentos feridos,

Deles curar e se esquecer.

Após a densa escuridão

Domados por sentimentos,

Lutando bravamente com a razão

Que apresenta apenas os defeitos.

Ao raiar da fraca luz

Dos delírios a sonhar

Que apenas reduz

O sonhador a fantasiar

Que aquela pequena luz

Irá intensamente clarear

O pequeno ser que produz

Os sonhos a imaginar.

Deles, amadurecidos e concisos

Pensamentos pequenos deixa passar

Sonhos bem mais precisos

No período que está a vivenciar

E, assim o eu entende,

Que não precisa deixar de delirar;

Mas o momento que o prende

Fez o crescer e aperfeiçoar

E o amadurecimento que a escuridão lhe deu

Não o deixa nunca parar,

Porém nele amadureceu e reacendeu

O sonho de nunca deixar de sonhar.

Vozes de todos os tipos

Vozes de todos os tipos
De todos os tons
Tocam os meus ouvidos
Não compreensível
Deixando-me enlouquecido
Ou talvez insensível
Com tanto som que reverbara
Falado ou gritado sem espera
No silêncio do meu estar
As loucuras que estou a pensar
Sem poder escapar
Ou deixar de escutar
As vozes de todos os tipos
De todos os tons
Que chegam aos meus ouvidos
Sem permitir nenhuma permissão.