segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Pensamentos: Pra que tanto texto?

     Tantos textos, tanta filosofia, tanta história, tanto conhecimento para quê? Essa era a dúvida de Rodrigo. Para que usaria isso? Sabia que a coisa mais necessária a vida são os amigos. Amigos, o que são amigos? Pessoas que trocam ideias, sendo inteligentes ou burras, sendo apenas ideias ou planos.
Talvez devesse buscar nos livros, mas eles fazem dispender um tempo que poderia estar com os amigos e dependendo do texto pode te afastar dos amigos; talvez devesse buscar na prática,mas onde vou praticar? Onde irei conversar com alguém do meu nível? Até mesmo o nível, o que seria esse nível? Seria idade, conhecimento, maturidade ou todos juntos? Talvez a única coisa que tenho certeza de tudo isso é que não sei de nada e o meu não saber me instiga a descobrir, talvez hoje eu não saiba, mas procurarei saber e quem sabe num futuro olhe para atrás e me chame de tolo, mesmo sabendo que foi necessário para chegar lá.

Acompanhado pela solidão

Finalmente o homem inabalável
Começou a abalar.
O grande homem solitário
Com a solidão se encontrou.

O vazio estufou,
O coração confessou.
Olho para o lado e ninguém vejo,
Ninguém que chamo de meu amor.

O grande vazio sentido
Extremamente cheio ficou,
O grande desejo de dizer: te amo!
O vento passou e levou.


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Pense diferente


Olhe as coisas ao seu redor
Com o mesmo olhar de sempre
Tentando ver diferente
E perceberá que falhará grotescamente.

Tente mudar o seu mundo
Fazendo o que você faz
Tudo igual como nos outros dias
E perceberá que falhará drasticamente

Olhe para você e imagine a pessoa ideal
E tente ser a pessoa que sempre sonhou
Sem nem mudar o seu pensamento
E entenderá que aquilo é só um sonho.

Mudar o seu ser,
Sem desejar ou querer
Sem do lazer se desfazer
Apenas os tolos pensam impossível ser.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

A tristeza de André

     André se sentia triste, simplesmente triste por não conseguir vencer uma faculdade, por não conter os seus sentimentos e emoções, sabia que vivia fugindo da razão. André se sentia triste quando seus amigos buscavam saber os seus segredos só para denunciar contra ele, tudo isso para conquistá-lo e enganá-lo, isso o deixava triste, pois ele gostaria de estar ao lado deles, como um amigo e não como um qualquer. 
     A tristeza de André aumentava a cada instante, já que chegava no trabalho e fazia o que não gostava de fazer e trabalhava naquilo que não gostava de trabalhar (até gostava devido a companhia que tinha, mas se sentia tão estagnado e a empresa não dava chance de crescer, isso fazia que ele não fosse feliz); em sua casa, sua família não confiava nele mesmo sem dar motivos para isso, ele fazia seu papel de filho que auxiliava a família para que no futuro fizesse seu papel na sociedade de sustentar a família. Vivia sem viver e por cinco anos foi a monotonia que se seguia, não havia história ou memória guardada na mente de André, tudo era o mesmo, nada mudava, nada alterava, apenas o dia do pagamento que trazia um pouco de dinheiro sem trazer a felicidade. Todas essas coisas deixavam cada vez mais André triste... toda a monotonia e rotina... toda vida não vivida... todas as alegrias contadas no dedo dos anos que se passaram...
      Um dia André indo para o seu trabalho encontrou uma mulher com uma placa, André leu a placa, mas nada disse, nada pensou naquele instante, não quis acreditar. Os dias passaram e André não se esquecia da placa e decidiu tentar por a prova. Aos poucos foi mudando e os resultados aos poucos iam aparecendo.
     André mudou de trabalho, deixou a carteira assinada e os benefícios para um emprego de terceiro, pagavam muito bem, mas o risco de deixar algo certo pelo duvidoso era a grande questão, depois de muito tempo ele soube que foi uma boa escolha. Alguns de seus amigos se afastaram, outros se aproximaram e alguns se mantiveram, a situação formou-se naturalmente, alguns acharam que havia enlouquecido, a "loucura" normal da perturbação. A alta estima que se seguia fez com que os seus familiares confiassem mais nele, eles ainda desconfiavam, contudo diminuíram a própria ansiedade que tinham. Com passos curtos ele mudava a sua vida.
     André procurou aquela imagem novamente e encontrou, não falou a ninguém, pois era algo que guardava dentro de si. Isso não quer dizer que André teve todas as suas pendências resolvidas, ainda tinha projetos para o futuro como a faculdade, cursos, família, filhos... e também sabia que haveria diversas crises e medos nas futuras vitórias; sabia também que as crises e os medos seriam momentâneas e isso cada vez mais deixava-o mais maduro. De todos os acontecimentos, uma certeza André tinha, não foi uma placa que havia feito mudar, mas a vontade de mudar e fazer diferente, foi isso que mudou! A placa foi apenas um caminho que ele decidiu tomar. André quis que a vida fosse diferente, mas não somente quis, ele fez ser diferente.

Pensamentos: Morte, um amigo?

     Às vezes a Morte parece uma grande amiga, pois ela não vai se importa com os meus sentimentos ou com os meus descontentamentos ou com minha história. Sei também que ela não se afastara por palavras, por raiva, por ira momentânea, mas, sim, em vir ao meu encontro. Parece que às vezes que seria mais simples e fácil aceitar... para alguns o último inimigo a se vencer para outros um aliado que vem auxiliar e livrar das tribulações; no entanto o que importa se não tentarmos lutar pela vida? Impossível não haver alguém que não se importe: um amigo, um irmão, um amor, uma esperança... deixar e desistir não é o melhor a se fazer. Sim, um dia há de acontecer, a Morte vem nos buscar e não vai adiantar lutar, contudo iremos nos juntar com a certeza de dever cumprido.